Ásia investe em BTC silenciosamente: cripto pode ser reserva global?
Enquanto o mercado de criptomoedas se concentra em pontos técnicos de curto prazo, um novo protagonista ganha destaque: a Ásia Central. Essa região está se tornando uma força inesperada na adoção global do Bitcoin.
Ásia aposta no BTC
Recentemente, o Quirguistão se uniu ao Cazaquistão para formar uma reserva de Bitcoin. Essa movimentação indica uma aceleração na acumulação de ativos digitais na região. O Parlamento quirguiz aprovou um plano para estabelecer uma entidade estatal responsável por minerar BTC usando a energia hidrelétrica excedente do país.
De acordo com Bakyt Sydykov, ministro da Economia, apenas 10% do potencial hídrico do Quirguistão é atualmente aproveitado. Isso significa que o país tem uma grande capacidade para sustentar uma futura reserva nacional de Bitcoin. Nos primeiros sete meses de 2025, o volume de negociações nas 13 plataformas de criptomoedas do Quirguistão já ultrapassou US$ 11 bilhões, um número impressionante que representa 200 vezes mais do que em 2022.
Mesmo com algumas sanções relacionadas a transações russas, o setor continua crescendo rapidamente. O primeiro-ministro Sadyr Zhaparov pediu a parceiros internacionais que não politizem a economia, reafirmando o papel do Bitcoin na resiliência nacional. O Cazaquistão também segue nessa direção, com o presidente Tokayev anunciando a criação de uma reserva estatal de ativos digitais.
Ambições de reserva global
A Rússia já começou a transferir parte de seus recursos para o Bitcoin, enquanto países como Japão, Coreia do Sul e Taiwan estudam iniciativas semelhantes. Os Estados Unidos continuam na liderança, com 35% da capacidade de hash global, seguidos pela Rússia com 17% e a China com 15%.
Essa busca constante por acumulação pode transformar o Bitcoin em um ativo de reserva global confiável. Os ETFs continuam a se expandir e muitas empresas já adotaram o Bitcoin como proteção em suas tesourarias.
Nos Estados Unidos, a senadora Cynthia Lummis propôs o “Bitcoin Act”, que visa reservar um milhão de BTC para os cofres nacionais. Isso poderia acelerar ainda mais essa trajetória de adoção.
Cenário técnico para o BTC
Analisando o gráfico de quatro horas, a previsão para o Bitcoin permanece otimista. Atualmente, ele está negociando dentro de um triângulo ascendente. A média móvel exponencial de 50 períodos, com valor em US$ 111.731, cruzou acima da média de 200 períodos, que está em US$ 112.534. Essa configuração sugere um sinal de alta, e a tendência é positiva desde agosto.
O Índice de Força Relativa (RSI) apresenta um valor de 62, o que indica um aumento de impulso, sem sinal de sobrecompra. Padrões de candle, como dojis seguidos de fechamentos fortes, mostram a confiança dos compradores.
Se o preço romper a resistência de US$ 115.400, pode buscar níveis em US$ 117.150 e US$ 118.617. O preço pode recuar para o suporte em US$ 113.395, ou até mesmo para a zona de suporte que varia entre US$ 112.000 e US$ 110.000. Para os traders, um fechamento acima de US$ 115.400 com volume significativo gera um sinal de compra, com alvo imediato entre US$ 117.000 e US$ 118.600.
Altseason ganha força com destaque para SOL, BNB e DOGE
De acordo com o analista Guilherme Prado, a dominância do Bitcoin caiu para 52%, o que fortalece a ideia de uma altseason no mercado. O Solana se destacou ao superar os US$ 220, acumulando uma alta de 20% no último mês. O BNB também atingiu uma nova máxima histórica, enquanto o Ethereum se mantém firme acima dos US$ 4.400 com novas integrações DeFi e um aumento no interesse dos investidores institucionais.
Além disso, o mercado está de olho no lançamento do primeiro ETF de Dogecoin nos Estados Unidos, um marco significativo para as memecoins. Esse movimento impulsiona a rotação de capital em direção a ativos com maior liquidez, principalmente nos setores de IA, DeFi e infraestrutura.