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Baleia de Bitcoin movimenta milhões em BTC depois de 12 anos

Uma carteira de Bitcoin que guardava mais de 300 BTC foi esvaziada na sexta-feira (31), em um momento em que o preço da criptomoeda caiu para o menor nível em três semanas. Essa movimentação foi observada por meio de dados da blockchain.

A carteira, que começa com “1c5Cb”, recebeu seu primeiro depósito em 2013, por meio de um endereço CoinJoin. Naquela época, o Bitcoin estava cotado a cerca de US$ 75. Isso parece um baita investimento, não é? Afinal, desde então, o preço disparou 152.300%, resultando em um total de impressionantes US$ 34,8 milhões, com a moeda recentemente oscilando abaixo de US$ 114.000.

Quem fez essa aquisição certamente teve um ótimo retorno no papel. Mas, comparando com outras movimentações de Bitcoins antigos, esse montante é relativamente pequeno. Por exemplo, duas semanas atrás, um endereço que estava inativo transferiu US$ 4,7 bilhões para a exchange Galaxy Digital. Essa operação foi tão grande que a empresa acabou vendendo 80.000 Bitcoins no valor de US$ 9 bilhões para um cliente.

Em abril, outra carteira movimentou 50 Bitcoins, avaliados em aproximadamente US$ 5 milhões, que foram minerados em 2010, quando a criptomoeda custava cerca de 10 centavos de dólar. Imagine o valor que esses primeiros investidores conseguiram!

Atualmente, o cenário parece indicar que o Bitcoin pode estar entrando em uma fase de correção, o que pode durar meses. Essa avaliação vem da empresa de dados on-chain CryptoQuant, que alerta que o mercado está lidando com grandes vendas efetuadas por “baleias”, termo usado para descrever aqueles que detêm grandes quantidades da criptomoeda.

Os Bitcoins movimentados na última sexta-feira não foram enviados para uma exchange. Em vez disso, foram divididos entre duas novas carteiras, uma com 106 BTC e outra com 200 BTC.

Os endereços CoinJoin são uma forma interessante de aumentar a privacidade nas transações com Bitcoin. Eles funcionam combinando fundos de diferentes usuários em uma única transação, o que dificulta o rastreamento do fluxo do dinheiro.

Vale destacar que essa carteira não recebeu Bitcoins através de mineração. Especialistas apontam que os primeiros mineradores de Bitcoin são alvos potenciais para computadores quânticos, que no futuro poderão quebrar a criptografia dos endereços mais antigos.

Nesse contexto, as moedas pertencentes a Satoshi Nakamoto, o criador anônimo do Bitcoin, estão na lista de ativos vulneráveis. Sabe-se que ele possui cerca de 1,1 milhão de Bitcoins, o que equivaleria a aproximadamente US$ 125 bilhões com os preços atuais.

Essa movimentação e o estado do mercado mostram como o mundo das criptomoedas é dinâmico e repleto de surpresas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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