Baleias de Bitcoin liquidam US$ 12,7 bilhões em operação significativa
As baleias de Bitcoin, que são aqueles grandes investidores da criptomoeda, venderam nada menos que US$ 12,7 bilhões em Bitcoin no último mês. Essa movimentação pode estar colocando pressão sobre o preço da moeda nas próximas semanas, segundo os especialistas.
Um analista da CryptoQuant, conhecido como “caueconomy”, destacou que a venda está ficando mais intensa, com uma distribuição de moedas que não se via até agora em 2023. Nos últimos 30 dias, essas baleias reduziram suas reservas em mais de 100.000 BTC. Isso mostra uma clara avaliação de risco entre os maiores investidores, que estão adotando uma postura cautelosa.
Essa pressão vendedora está afetando o preço, fazendo com que a cotação do Bitcoin caísse para menos de US$ 108.000. De acordo com dados, essa foi a maior venda registrada desde julho de 2022, com uma movimentação de 114.920 BTC nesse período. O resultado disso é uma clara tendência de venda entre os grandes players do mercado, que pode continuar nos próximos dias.
Mudança no Saldo das Baleias Desacelera
Uma observação interessante: no dia 3 de setembro, a mudança diária nos saldos das baleias alcançou seu pico mais alto desde março de 2021, com mais de 95.000 BTC movimentados naquela semana. Recentemente, o empreendedor de Bitcoin, David Bailey, comentou que os preços poderiam até disparar para US$ 150.000 caso duas baleias fundamentais parassem de vender.
Por outro lado, há um otimismo crescente com a desaceleração das vendas. A mudança semanal nos saldos caiu para cerca de 38.000 BTC em 6 de setembro. O Bitcoin tem se mantido numa faixa estável entre US$ 110.000 e US$ 111.000 nos últimos dias, mostrando que a pressão de venda diminuíra um pouco.
Essas baleias são definidas como aqueles que detêm entre 1.000 e 10.000 BTC.
Um Contrapeso Estrutural
Apesar da volatilidade e das liquidações que essas vendas podem ter gerado a curto prazo, a acumulação de Bitcoin por instituições financeiras parece ser um fator que ajuda a equilibrar o mercado. Nick Ruck, da LVRG Research, aponta que essa divergência entre as vendas das baleias e as aquisições institucionais pode restringir a alta dos preços no curto prazo, mas a saúde do mercado em geral continua sólida, graças às compras motivadas por ETFs.
Ruck também recomenda que os traders fiquem atentos: se a acumulação institucional conseguir superar a pressão vendedora das baleias, isso será um bom sinal. Elementos macroeconômicos, como a decisão do Fed sobre taxas de juros em setembro, também podem influenciar a direção do mercado.
Perspectiva de Longo Prazo Mais Saudável
Analisando o longo prazo, a situação se mostra muito mais positiva. O Bitcoin só perdeu cerca de 13% desde sua máxima histórica de meados de agosto, o que é bem menos comparado a correções anteriores. Um analista, conhecido como “Dave the wave”, comentou que a média móvel de um ano estava em US$ 52.000 há um ano, e agora já alcançou US$ 94.000. As expectativas para o próximo mês são de que essa média ultrapasse os US$ 100.000.
Essa recuperação gradual na média móvel indica um panorama mais otimista, mostrando que o Bitcoin pode estar mais forte do que parece à primeira vista.