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Baleias vendem Bitcoin, mas criptomoedas sobem até 50%

O mercado de criptomoedas segue agitado e, na manhã desta terça-feira (15), o valor total das criptos estava em aproximadamente US$ 3,67 trilhões, uma queda de 3,4% em relação ao dia anterior. O Bitcoin (BTC) estava sendo negociado a US$ 117 mil, também com uma leve queda de 4%, mas, se olharmos para a semana, ele ainda apresenta uma alta acumulada de 7,8%. O clima entre os investidores parece ser de otimismo, com um sentimento de ganância que chegou a 70%. Entretanto, muitas altcoins estão enfrentando perdas, apesar de algumas terem visto valorização expressiva de até 50%.

Apesar da saída do capital do mercado, o volume das transações ainda estava forte, alcançando US$ 252,5 bilhões, uma alta de 20%. Isso sugere que, mesmo com essa correção no preço do Bitcoin, as movimentações continuam intensas. Esse cenário reflete as últimas análises que apontam que muitas “baleias”, como são chamadas as grandes carteiras de criptomoedas, estão realizando lucros. Vale destacar que o Bitcoin flutuava de maneira independente em relação ao S&P 500 e Nasdaq, que encerraram suas atividades com leves ganhos.

De acordo com uma análise recente da CryptoQuant, existe um sinal de que a volatilidade do Bitcoin pode aumentar devido à realização de lucros por essas grandes carteiras. O “Whale Activity Score” mostra que as movimentações estão bastante concentradas na Binance. Porém, um ponto interessante é que, enquanto os detentores de curto prazo (STHs) estão comprando Bitcoin a um preço médio de US$ 100.000, muitos investidores de longo prazo (LTHs) decidiram também vender para garantir lucro.

Um aspecto recente que chamou a atenção foi a venda massiva de Bitcoin por detentores de longo prazo, que levou a um dos maiores dias de realização de lucros este ano, com cerca de US$ 3,5 bilhões em ganhos. Na distribuição desse valor, US$ 1,96 bilhões foram realizados por longos e US$ 1,54 bilhões pelos detentores de curto prazo.

Essas movimentações indicam uma mudança, visto que, anteriormente, muitos investidores estavam mais relutantes em vender, preferindo esperar para ver o que o mercado reservava, o que acabou contribuindo para a alta do Bitcoin.

Na esfera macroeconômica, investidores parecem estar alheios às novas ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, que indicou a possibilidade de impor tarifas de 100% à Rússia enquanto o país não parar suas ações na Ucrânia. Isso pode ser visto no Volatility Index (VIX), que mede o “medo” do mercado, situado em 16,86 pontos, mostrando uma leve recuperação de 1% nos últimos cinco dias.

Os ETFs (fundos negociados em bolsa) de Bitcoin e Ethereum (ETH) também passaram por um período de baixa, mas ainda mostraram entradas líquidas positivas, com US$ 297,40 milhões e US$ 259,04 milhões, respectivamente.

Por outro lado, o índice de altseason, que monitora as principais altcoins, subiu de 32 para 33 pontos, sinalizando uma possível rotação de capital entre os principais tokens. Dentro das mil maiores altcoins, algumas quedas foram registradas, como a do PUMP, que caiu para US$ 0,0054 (-26,2%), enquanto o XLM viu um aumento de 85,4% em uma semana, negociado a US$ 0,47.

As altcoins com valorização expressiva incluíram o PENGU, com aumento de 10,9%, e o CROSS, que teve uma ascensão impressionante de 165% nas últimas semanas. Novas criptomoedas também entraram na dança, como TAC na Bitget e HSK na LBank, aumentando ainda mais as opções para os investidores.

No dia anterior, o Bitcoin já havia alcançado uma alta de US$ 123 mil, com algumas criptomoedas recém-listadas registrando aumentos consideráveis em seus valores. O que se pode observar é que o mercado continua a se movimentar rapidamente, proporcionando oportunidades para quem está de olho nas criptos.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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