O Banco Central da Bolívia (BCB) anunciou um passo importante ao fechar um acordo com a Comissão Nacional de Ativos Digitais (CNAD) de El Salvador. Essa parceria, que aconteceu no dia 30, tem como objetivo explorar a tecnologia do bitcoin e do blockchain, algo que mostra um novo horizonte para o país.
Com esse memorando de entendimento, que não possui prazo de validade, a Bolívia quer aprofundar seus conhecimentos sobre criptomoedas com a ajuda de uma das nações que mais avançou na regulamentação do bitcoin. O BCB destacou que esta iniciativa é uma forma de promover a troca de informações e experiências que podem beneficiar as economias locais.
“A assinatura deste acordo traz uma nova perspectiva, pois abre diálogo sobre ativos digitais, reconhecendo seu potencial para transações internacionais”, informou o Banco Central em um comunicado. Isso reflete uma busca por inovação e modernização do sistema financeiro no país.
Banco Central da Bolívia sinaliza fim da proibição ao bitcoin no país em novo acordo com El Salvador
Com este novo acordo, o BCB também observou que El Salvador viu um crescimento de cinco vezes nas transações com criptomoedas entre 2024 e 2025. Essa troca de conhecimentos técnicos inclui a análise de regulamentações que podem ser implementadas na Bolívia, preparando o país para um futuro onde esses ativos digitais possam ser uma opção viável.
A Bolívia está interessada em entender as ferramentas de inteligência e gestão de risco utilizadas em El Salvador, que podem ajudar a garantir uma adoção mais equilibrada das criptomoedas. O memorando foi assinado entre o presidente da CNAD, Juan Carlos Reyes García, e o presidente em exercício do BCB, Edwin Rojas Ulo.
O BCB ressaltou que essa parceria representa um avanço significativo, aproveitando a experiência de El Salvador tanto no uso de ativos virtuais quanto no desenvolvimento de regulamentações. O objetivo é criar um ambiente seguro e regulamentado, tornando o setor atrativo para novos investimentos.
Essa mudança sinaliza o fim das restrições ao mercado de criptomoedas na Bolívia, algo muito aguardado pela comunidade local, que enfrenta desafios para acessar essas tecnologias. O banco destacou que o acordo entrou em vigor imediatamente e irá consolidar os avanços no uso de ativos digitais como uma alternativa viável às moedas tradicionais, beneficiando especialmente famílias e pequenos empreendedores.
A expectativa é que essa colaboração ajude a promover o desenvolvimento de políticas financeiras que modernizem o sistema e ampliem a inclusão financeira no país. Com passos como esses, a Bolívia se posiciona para um futuro mais conectado ao mundo digital das finanças.
