O Banco Central do Brasil (BCB) está se preparando para um evento importante: o Central Banking’s Autumn Meetings, que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 19 e 21 de novembro de 2025. Seis servidores da instituição vão participar desse encontro, que promete trazer à tona discussões bem atuais sobre criptomoedas e a presença delas nos bancos centrais.
Um dos tópicos em destaque será a colaboração internacional entre esses bancos, especialmente em tempos de mudanças globais e inovações financeiras. As conversas vão abordar várias frentes, entre as quais as moedas digitais de bancos centrais, conhecidas como CBDC. O Brasil já está discutindo a criação do Drex, uma moeda digital que vai complementar o uso do Pix. O evento contará com a participação do secretário executivo Rogério Lucca, que vai palestrar sobre “O futuro do dinheiro: inovação, interoperabilidade e parceria”.
Nesta palestra, serão abordados pontos importantes como o impacto das stablecoins e a estrutura do sistema financeiro.
Temas em Debate
Os principais tópicos da palestra incluem:
- Parcerias Público-Privadas: Como elas podem impulsionar a inovação em dinheiro digital?
- Stablecoins: Será que essas moedas digitais podem complementar e não apenas substituir o dinheiro tradicional?
- CBDCs e Stablecoins em Convivência: É possível que esses dois tipos de moeda coexistam dentro de um sistema monetário diverso?
- Interoperabilidade: Quais são os desafios para integrar diferentes plataformas digitais?
- Governança das CBDCs: O que os bancos centrais precisam considerar na emissão dessas moedas?
Além de Lucca, outras autoridades internacionais também marcarão presença, como representantes do Banco Central do Chile, do Uruguai e da Guatemala, além de membros de instituições do Caribe e da Hungria.
Reservas Internacionais de Criptomoedas
Outro assunto relevante será as reservas internacionais de criptomoedas, com foco no papel do bitcoin. O representante do BCB, Ricardo Martinelli, estará num painel onde também estarão presentes profissionais de países como Colômbia, Jamaica e Bahamas. Eles vão discutir como os gestores de reservas estão lidando com a geoeconomia e a estratégia de portfólio.
Um dos temas dentro desse painel será: “Criptomoedas e bitcoin em reservas: são apenas uma aposta especulativa ou estão se firmando como uma classe de ativos emergente?”. É interessante notar que no Brasil tramita um projeto de lei que regula a reserva soberana de bitcoins, uma proposta que já gerou debates acalorados, especialmente porque o BCB já se posicionou contra a ideia.
Essas conversas refletem um momento de transformação e inovação no mundo financeiro. Enquanto nos preparamos para esse evento, é bom ficar atento às movimentações e discussões que poderão impactar diretamente o nosso sistema financeiro e a adoção de novas tecnologias monetárias.
