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Banco Central encerra plataforma do Drex e anuncia reformulações

O Banco Central do Brasil decidiu encerrar a plataforma do Drex, prevista para acontecer na próxima segunda-feira. Essa decisão vem após quatro anos de testes que começaram com a ideia de um real digital. Segundo informações, a mudança foi motivada por pedidos do mercado, já que a manutenção da estrutura atual estava gerando custos. O Banco ainda não fez um pronunciamento oficial sobre o assunto, mas a notícia teria sido revelada em uma reunião entre representantes do BC e os consórcios envolvidos no projeto.

O motivo para o desligamento é que a arquitetura atual, que utiliza a tecnologia de registro distribuído Hyperledger Besu, não conseguiu atender às exigências de privacidade que o Banco Central considerava fundamentais. Assim, a proposta para a nova fase do Drex envolve o uso de uma tecnologia ainda a ser definida, buscando uma arquitetura mais flexível e que se encaixe melhor nas necessidades do sistema financeiro.

## As mudanças no Drex

O Drex foi idealizado em 2021 com um plano ousado: criar um “real digital”, uma moeda digital que colocaria o Brasil na vanguarda das inovações monetárias. A ideia era desenvolver uma versão digital da moeda nacional, que fosse emitida e garantida pelo Banco Central, permitindo transações do dia a dia, integrada ao sistema do Pix.

Nesse primeiro momento, o BC viu o projeto como parte de um esforço para modernizar o sistema bancário, aumentar a inclusão financeira e reduzir custos. Com o avanço das pesquisas e a implementação de testes em um ambiente de registro distribuído, foram utilizadas tecnologias como a Hyperledger Besu, facilitando o uso de contratos inteligentes e a tokenização de ativos financeiros.

Porém, apesar das expectativas, surgiram desafios. O Banco Central encontrou problemas relacionados à privacidade e à escalabilidade da tecnologia então em uso. Esses entraves levaram a uma mudança de foco do projeto. Em vez de se concentrar em uma moeda digital de uso direto pela população, o BC começou a ver o Drex como uma infraestrutura para o sistema financeiro, apostando na tokenização de ativos e na automação de processos entre instituições.

Essa nova abordagem se refletiu nas fases mais recentes do projeto, onde o uso do blockchain foi suspenso temporariamente e a arquitetura tecnológica passou por reformulações. A chamada “Fase 3” será voltada para testes de garantias de crédito e integração entre diferentes instituições financeiras, mas até agora, ainda não foi divulgado o resultado da Fase 2.

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Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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