Uma polêmica se espalhou entre os entusiastas de criptomoedas, envolvendo a Binance, uma das maiores corretoras do mundo. O criador de um projeto de blockchain, CJ Hetherington, alega que a plataforma está cobrando taxas exorbitantes para listar novos tokens. Por outro lado, a Binance se defendeu nas redes sociais, mas acabou apagando seu post de resposta, o que só aumentou a controvérsia.
A treta começou quando Hetherington, CEO da Limitless Labs, revelou que a Binance estava exigindo até 8% do suprimento total do token. Além disso, a corretora também pediu US$ 2,5 milhões para marketing e garantias. Em resposta, a Binance afirmou que não lucra com as listagens e que as informações divulgadas eram confidenciais.
O Twitter, sempre rápido na agitação, ficou em polvorosa. A Binance, por meio do seu perfil de suporte, disse estar surpresa com a divulgação ilegal de informações. Contudo, o post defensivo foi rapidamente removido, e o link correspondente leva a uma página de erro. Essa situação ganhou até destaque na comunidade, com muitas pessoas comentando sobre a falta de transparência da corretora.
Hetherington respondeu a um seguidor garantindo que nunca havia assinado um termo de confidencialidade com a Binance. Em meio ao debate, Mike Dudas, um empresário do setor, corroborou as alegações de Hetherington e também afirmou que já viu propostas semelhantes da Binance. Segundo Dudas, essa prática não é nova e tem sido comum na corretora.
Acontroversia instalou-se com a entrada de Changpeng “CZ” Zhao, o fundador da Binance. Ele se manifestou no Twitter, defendendo os métodos da corretora e dizendo que projetos insatisfeitos deveriam procurar outras opções de listagem. «Se o seu projeto for realmente forte, outras exchanges vão querer listá-lo», destacou CZ, desestimulando as queixas sobre as taxas.
O fundador também argumentou que esses métodos visam proteger os usuários, dificultando fraudes e a entrada de projetos sem potencial. Mesmo assim, muitos membros da comunidade acusaram Zhao de ser hipócrita. O debate esquenta quando críticos destacam que, apesar de alegarem não cobrar taxas, a Binance exige muitos recursos para a listagem.
Além disso, alguns usuários apontaram a ausência de grandes projetos na corretora, questionando a eficácia do critério de seleção. A repercussão foi tanta que até Fatman, um perfil conhecido por criticar práticas do setor, comentou sobre a situação, comparando a reviravolta de opinião pública a escândalos anteriores.
No meio de todo esse burburinho, a Binance também enfrenta dificuldades operacionais. A corretora sofreu com falhas em seus sistemas no dia 10, gerando reclamações de usuários que não conseguiram fechar suas posições e resultando em perdas significativas. Desde então, mais de US$ 24 bilhões foram retirados da plataforma, o que reflete o impacto da situação.
É um momento turbulento para a Binance, e as próximas semanas devem ser decisivas para a corretora e seus usuários.
