Bitcoin atinge US$ 114 mil com mercado aguardando corte de juros
O preço do Bitcoin (BTC) na manhã de hoje, 5 de agosto de 2025, está em R$ 634.165,75. O BTC se mantém na faixa de US$ 114 mil, mas alguns analistas sugerem que os touros, ou compradores, podem estar ficando sem força. Nesse cenário, os ursos, ou vendedores, podem tentar levar o preço para US$ 110 mil.
Bitcoin e a Macroecônomica
André Franco, CEO da Boost Research, comenta que os mercados asiáticos e as expectativas para Wall Street estão otimistas. Essa alta é impulsionada pela expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve em setembro e pelos bons resultados de empresas como Nvidia, Alphabet (Google) e Meta (Facebook).
Ele destaca que a possibilidade de um corte nos juros subiu de 63% para impressionantes 94% após a divulgação de dados de emprego mais fracos. O dólar se manteve estável em relação ao euro, mas perdeu força frente ao iene. A cotação do petróleo caiu com o aumento da oferta, enquanto o ouro registrou uma leve alta.
O Bitcoin se manteve estável, negociando em torno de US$ 114.800. Isso mostra um equilíbrio entre o otimismo diante da liquidez global e uma certa cautela com as incertezas econômicas.
A tendência a curto prazo parece promissora. Com o aumento nas apostas por cortes de juros nos EUA e os relatórios sólidos das grandes empresas de tecnologia, o ambiente fica favorável para ativos digitais como o BTC. No entanto, a cautela permanece, especialmente com o olhar atento sobre os desdobramentos econômicos.
Uma análise da Bitfinex ressalta que as últimas informações sobre a economia dos Estados Unidos revelam fragilidades além dos números positivos divulgados. O relatório de inflação de junho mostrou aumentos contínuos nos preços, especialmente devido a novas tarifas sobre produtos como móveis e roupas.
Embora os gastos com consumo pessoal tenham subido um pouco, o consumo real não mudou muito, o que indica que a inflação pode estar reduzindo o poder de compra dos cidadãos. Apesar de o PIB ter crescido 3% no último trimestre, isso foi impulsionado pela queda nas importações e não reflete uma demanda interna forte.
O relatório de empregos de julho também trouxe incertezas. Foram apenas 73 mil novas vagas criadas e a taxa de desemprego subiu para 4,2%. Setores como construção civil e turismo não apresentaram os resultados esperados, destacando o impacto de restrições migratórias.
Nesse cenário complicado, o Federal Reserve encontra dificuldades. Com a inflação alta e o mercado de trabalho perdendo força, parece que os cortes nos juros podem ser adiados até que sinais mais claros surjam.
Bitcoin: Análise Técnica
Ao olhar os gráficos, a Bitfinex informou que, apesar do Bitcoin e do Ethereum liderarem o volume de liquidações, as altcoins foram severamente penalizadas. Isso resultou em uma das maiores liquidações de 2025 até agora.
Mesmo com ativos que historicamente acompanham o mercado, como o ETH, a semana terminou com uma queda de 9,7%. O índice OTHERS caiu 11,4%. Apenas alguns tokens, como ENA e PENGU, conseguiram se valorizar, o que demonstra a limitação na movimentação de capital em um cenário onde o apetite por risco está caindo.
Do ponto de vista estrutural, o Bitcoin continua com uma posição relativamente forte, com um valor de mercado que supera os US$ 2,2 trilhões — o dobro do que atingiu em 2021. Enquanto isso, ETH e outras altcoins estão abaixo de seus picos anteriores, mostrando que o BTC se mantém resiliente mesmo diante de um cenário econômico complicado, atraindo cada vez mais investidores institucionais.
Os fluxos de ETFs estão diminuindo, e com a postura rígida do Fed, a expectativa pode ser de uma consolidação ou novas correções. Um repique técnico na casa dos US$ 112 mil é possível, mas uma recuperação mais sólida dependerá de um novo influxo de demanda institucional ou de um evento macroeconômico que chame a atenção dos investidores.
Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, aponta que os suportes técnicos do dia estão em US$ 113.368 e US$ 112.630. Ele destaca que o risco-retorno das operações pode ser atrativo: até 2,6x no segundo suporte. Após os recordes do mês passado, o Bitcoin entrou em uma fase natural de correção técnica. O cenário atual pede cautela.
O preço do Bitcoin hoje é de R$ 634.165,75, e R$ 1.000 adquire aproximadamente 0,0015 BTC, enquanto R$ 1 compra cerca de 0,0000015 BTC.
As criptomoedas que mais se valorizaram hoje incluem Provenance Blockchain (HASH), Mantle (MNT) e Litecoin (LTC), com altas de 20%, 17% e 12%, respectivamente.
Por outro lado, as que mais caíram foram Toncoin (TON), Bonk (BONK) e Ethena (ENA), com quedas de -7%, -5% e -4%.
Entendendo o Bitcoin
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que funciona e é distribuída de maneira eletrônica. Trata-se de uma rede descentralizada, onde nenhuma entidade ou pessoa a controla.
Uma das características mais interessantes do Bitcoin é que ele não pode ser impresso. Apenas 21 milhões de Bitcoins podem existir. Criado em 2009 por um programador ou grupo sob o nome de Satoshi Nakamoto, o Bitcoin já gerou muitas especulações sobre a verdadeira identidade de seu criador, sendo que várias pessoas mencionadas negaram ser Nakamoto.
Para muitos, o principal atrativo do Bitcoin é sua independência em relação a governos e bancos. Ninguém pode intervir nas suas transações ou cobrar taxas de forma arbitrária. Além disso, cada transação é registrada em um livro-razão público chamado Blockchain, que proporciona transparência.
Assim, como o Bitcoin não é controlado por uma única entidade, os usuários têm total controle sobre suas finanças. A verificação rigorosa das transações garante que qualquer mudança seja facilmente detectada, assegurando um ambiente seguro.
Por fim, o processamento das transações pode levar tempo, geralmente cerca de 10 minutos para cada bloco ser minerado e validado na rede.
É sempre bom lembrar que informações e opiniões sobre investimentos devem ser analisadas com cautela e acompanhadas de pesquisa adicional.