O mercado de Bitcoin e outras criptomoedas começou agosto com um clima de grande expectativa. As análises indicam que essa fase está cheia de incertezas, e o Bitcoin, por exemplo, tem andado em uma faixa de preços em torno de US$ 114 mil, sem uma tendência muito definida.
Investidores institucionais estão apostando na estratégia de “buy the dip”, ou seja, aproveitando as quedas de preços para acumular mais BTC. No mês passado, eles conseguiram atrair mais de US$ 6 bilhões em ETFs de Bitcoin, formando uma base sólida que pode impulsionar a valorização da moeda.
Consolidação do Bitcoin
De acordo com a análise, o nível de US$ 118 mil é visto como um ponto de equilíbrio crucial entre a oferta e a demanda no mercado. Essa faixa é onde muitos investidores estão focando, o que sugere uma certa estabilidade no comportamento dos que operam em prazos mais curtos.
Se o suporte de US$ 118 mil se mantiver, podemos esperar que o BTC busque valores entre US$ 122.500 e US$ 125.000 nos próximos dias. Há até chances de superar a marca dos US$ 130.000.
Por outro lado, se o preço cair abaixo de US$ 110 mil, e as opções de venda aumentarem, poderemos ver uma nova retração para a faixa de US$ 105 mil a US$ 107 mil. Esse cenário pode ser impulsionado pelo medo que tomou conta do mercado após um relatório de emprego fraco nos EUA e a incerteza em relação ao Federal Reserve.
Volumes em baixa, mas não fraqueza
Outro ponto importante trazido pela análise é a queda nos volumes de transações de Bitcoin. As transferências recuaram cerca de 24%, e o número de carteiras ativas caiu quase 11%. Mas calma! Isso não significa que o mercado está fraco. Na verdade, é uma pausa na estratégia usual, típica de momentos de consolidação.
O saque líquido das exchanges, que ainda se mantém negativo, indica que os investidores estão preferindo conservar seus ativos. É uma abordagem que reforça a tese de acumulação.
Além disso, um indicador importante mostrou que, no início de julho, o preço do BTC estava próximo de um nível de superaquecimento em torno de US$ 116 mil, sugerindo a possibilidade de uma correção. Apesar disso, as fortes movimentações no mercado futuro e as entradas de investidores institucionais ajudaram a manter o preço estável.
Zonas de compra e venda
Com base no comportamento recente do mercado, como apontado pelas análises, algumas zonas de compra e venda foram delineadas para os próximos dias:
Zona de compra: entre US$ 110 mil e US$ 113 mil, desde que o volume de opções de venda não aumente de forma agressiva.
Zona de venda (curto prazo): entre US$ 119 mil e US$ 122 mil, especialmente se o momentum não ultrapassar a faixa de +8% a +10%.
Alvo de resistência: US$ 130 mil, caso haja um aumento no volume de calls e suporte acima de US$ 118 mil.
Mesmo com as correções recentes, a estrutura macro do Bitcoin ainda é considerada otimista. Grandes players estão aumentando suas compras, e o ambiente regulatório nos EUA, embora incerto, parece estar se estabilizando.
Cenários a serem observados
Cenários alternativos também foram levantados, mostrando como o mercado pode se comportar nas próximas semanas:
Estável: ETFs equilibrados e instituições acumulando — estimativa de preço entre US$ 115 mil e US$ 118 mil.
Ruptura positiva: fluxo de ETFs voltando com força — preço entre US$ 120 mil e US$ 123 mil.
Correção técnica: fluxos continuam negativos — expectativa entre US$ 112 mil e US$ 115 mil.
Cautela elevada: nova onda de aversão a risco — faixa entre US$ 110 mil e US$ 112 mil.
A tendência para a próxima semana parece ser de manutenção e consolidação entre US$ 115 mil e US$ 120 mil, impulsionada por acúmulos institucionais. No entanto, a frequência de saídas nos ETFs pode limitar o preço a se sustentar acima de certas zonas de resistência.
Dessa forma, é sempre bom ficar de olho nas movimentações para entender como o jogo das criptomoedas poderá se desenrolar.
