O preço do Bitcoin (BTC), nesta manhã de 22 de julho de 2025, está em R$ 662.695,85. Assim como o BTC, outras criptomoedas estão em um momento de espera: algumas apresentam quedas em torno de 1%, enquanto outras têm leve alta de 0,9%. O mercado está de olho nos desdobramentos da economia americana antes de tomar decisões.
Bitcoin: análise macroeconômica
André Franco, que comanda a Boost Research, comenta que os mercados ao redor do mundo iniciaram a terça-feira em alta, impulsionados pelos recordes do S&P 500 e do Nasdaq em Wall Street. Essa movimentação é respaldada por resultados robustos de empresas, especialmente da Alphabet, e por dados econômicos positivos nos Estados Unidos.
Um dos principais índices da Ásia, o MSCI Ásia-Pacífico (ex-Japão), também ficou perto de sua máxima em quatro anos, mostrando um apetite global por risco. O dólar apresentou uma estabilidade, enquanto o iene valorizou-se. O preço do petróleo teve uma leve queda e o ouro alcançou seu pico em cinco semanas.
O Bitcoin, por sua vez, segue firme, sendo negociado próximo dos US$ 118.000. O otimismo no mercado se deve à liquidez disponível, ao crescente apetite por risco e ao interesse institucional por ativos digitais. André enfatiza que a perspectiva para o BTC é otimista a curto prazo, mas avisa que as decisões do Federal Reserve e prazos tarifários podem causar volatilidade.
Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, aponta que, com o preço atual em US$ 119 mil, o Bitcoin se move entre a Mediana de Preços do Investidor (US$ 92 mil) e o nível de alerta de hype (US$ 139 mil). Isso indica que os compradores estão dispostos a manter ou aumentar suas posições, enquanto o otimismo excessivo ainda não se instalou.
Análise técnica do Bitcoin
Ana de Mattos, analista técnica da Ripio, observa que o fluxo financeiro do Bitcoin revela que muitos compradores estão ativos nos momentos de queda de preço, sugerindo uma absorção. Se essa alta se mantiver, os próximos alvos podem ser US$ 121.480 e US$ 125.000. Contudo, se o BTC captar liquidez nos fundos, pode buscar suporte em US$ 116.000 e US$ 111.500.
O analista Manish Chhetri alerta que, apesar do forte interesse de empresas e grandes bancos pelo BTC, surgem sinais de preocupação. Dados da SoSoValue mostram que, na segunda-feira, os ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos tiveram uma saída de US$ 131,35 milhões, interrompendo uma sequência de entradas que durava desde 2 de julho. Se essa tendência continuar, é possível que o preço do Bitcoin sofra uma correção.
Enquanto isso, a Lookonchain informa que a SpaceX transferiu 1.308 BTC, no valor de US$ 153 milhões, para uma nova carteira depois de três anos fora de circulação. Se esses ativos forem levados a corretoras, pode haver pressão de venda no curto prazo. Atualmente, a SpaceX possui um total de 6.977 BTC, avaliados em aproximadamente US$ 825,88 milhões.
Neste início de semana, o Bitcoin conseguiu alcançar uma nova máxima histórica de US$ 123.218 em 14 de julho, oscilando desde então entre US$ 116.000 e US$ 120.000. Atualmente, está cotado ligeiramente acima, rondando os US$ 118.300. Chhetri sugere que, se o BTC cair abaixo dos US$ 116.000 no fechamento diário, pode ser necessário testá-lo novamente em US$ 110.589. No entanto, o Índice de Força Relativa (RSI) indica um momentum de alta, embora o MACD tenha dado um sinal de venda, sugerindo cautela.
Bitcoin em alta
De acordo com um estudo da Bitso, um investimento de US$ 1.000 em Bitcoin nos últimos 12 meses teria renderizado US$ 1.981, ou cerca de R$ 11 mil na cotação atual do dólar. Isso representa uma valorização de 98,1%, sendo o melhor desempenho entre 15 outras opções de investimento analisadas.
Em um cenário de instabilidade econômica, tensões geopolíticas e reavaliações nas políticas monetárias, o Bitcoin se destacou como o ativo com melhor rendimento, superando até ações, fundos, commodities e outras criptomoedas. No Brasil, mesmo com um índice de 11,7% no Ibovespa, o BTC se destacou frente ativos como ouro, prata e café.
A última valorização do Bitcoin também está ligada a um movimento institucional significativo. Com a crescente adoção institucional e um ambiente de regulação mais favorável, o BTC vem se firmando como uma opção sólida de diversificação. Bárbara Espir, Country Manager da Bitso no Brasil, afirma que essas tendências positivas devem continuar nos próximos meses.
Ou seja, atualmente o preço do Bitcoin está em R$ 662.695,85. Com essa quantia, R$ 1.000 adquiriam aproximadamente 0,0015 BTC, enquanto R$ 1 compraria cerca de 0,0000015 BTC.
As criptomoedas que mais se valorizaram no dia 22 de julho de 2025 são: Quant (QNT), Fartcoin (FARTCOIN) e Pi Network (PI), com altas de 8%, 7% e 6%, respectivamente. Já as que sofreram as maiores quedas foram: Pump.fun (PUMP), Aave (AAVE) e Official Trump (TRUMP), com quedas de -14%, -7% e -6%.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital usada e distribuída de forma eletrônica, operando como uma rede descentralizada peer-to-peer, sem controle de uma única entidade. Com um limite de 21 milhões de unidades, ele foi introduzido em 2009 por um(a) programador(a) anônimo(a) conhecido(a) como Satoshi Nakamoto.
Apesar das especulações sobre a identidade de Nakamoto, nenhuma das pessoas mencionadas confirmou ser o criador do Bitcoin. O grande atrativo do BTC é sua independência de governos e bancos, permitindo que os usuários controlem suas finanças sem interferências.
As transações do Bitcoin são registradas em um livro público chamado Blockchain, que oferece transparência total. Qualquer alteração em um bloco afetaria todos os blocos subsequentes, garantindo a fácil detecção de erros ou tentativas de fraudes.
Por fim, vale lembrar que todo o processo de verificação pode levar alguns minutos, já que cada bloco é minerado aproximadamente a cada 10 minutos.
