O Bitcoin está passando por um momento cheio de emoções e incertezas. Atualmente, ele opera em torno de US$ 108.060, depois de ter chegado a US$ 110.321 logo após um discurso do governador do Federal Reserve, Christopher Waller. Infelizmente, esse aumento não durou muito, já que muitos investidores decidiram realizar lucros, interrompendo a alta.
Agora, com o mercado em uma fase de consolidação, a dúvida é: será que o Bitcoin vai continuar caindo ou conseguirá encontrar força para subir novamente?
Governador do Fed indica mudança rumo ao DeFi
A recente declaração de Waller foi bastante impactante. Ele falou sobre uma “nova era” de pagamentos, onde as finanças descentralizadas (DeFi) e os ativos digitais podem ganhar espaço dentro do sistema financeiro tradicional. Na primeira Conferência de Inovação em Pagamentos do Fed, em Washington, ele afirmou que o banco central dos EUA pretende se envolver na definição do papel das criptomoedas nos pagamentos globais.
Essa abordagem marca uma grande mudança em relação ao ceticismo que a regulamentação costumava ter. Waller até mencionou que a tecnologia blockchain já está presente nas finanças modernas e que o Fed está buscando maneiras de integrar os sistemas DeFi na infraestrutura bancária existente.
Projeção de US$ 200.000 para o Bitcoin, segundo o Standard Chartered
Após uma grande liquidação que fez o preço do Bitcoin cair para cerca de US$ 108.000, o banco Standard Chartered ainda mantém uma visão otimista. O especialista Geoff Kendrick, que lidera a pesquisa de ativos digitais da instituição, acredita que essa correção no preço é apenas temporária e pode representar uma boa oportunidade de compra.
Ele prevê que o Bitcoin pode chegar a US$ 200.000 até o final de 2025, impulsionado pelo aumento da demanda por ETFs e pela redução das taxas de juros por parte do Fed. Kendrick compara essa situação com o mercado de ouro, que mesmo em tempos de volatilidade, manteve um fluxo de demanda institucional.
Recentemente, o Bitcoin caiu 5%, com oscilações entre US$ 105.000 e US$ 115.000. Os analistas apontam que essa queda não é motivo para pânico, mas sim uma fase de resguardo após as liquidações. Muitos acreditam que, assim que a liquidez se estabilizar e os ETFs ganharem tração, o Bitcoin tenderá a se recuperar.
Preço do Bitcoin busca firmeza
Depois de uma semana de grande volatilidade, o Bitcoin tenta encontrar estabilidade. Nos gráficos, o ativo está traçando um canal ascendente e, se conseguir manter o suporte em US$ 107.400, há uma boa chance de retomar o crescimento. Essa faixa é significativa, pois se alinha a níveis anteriores de resistência.
Um avanço acima de US$ 109.000 pode ser um sinal forte de que os compradores estão de volta, especialmente com a média móvel de 20 períodos se aproximando de um cruzamento positivo com a média de 50.
Nesse ambiente, o Índice de Força Relativa (RSI) apresenta uma leve redução na pressão vendedora, e as longas sombras inferiores sugerem que os vendedores podem estar ficando cansados. Portanto, se o preço romper US$ 111.700, pode navegar até US$ 115.900 e depois buscar US$ 119.800. Entretanto, se perder o suporte em US$ 107.400, o caminho pode levar a US$ 104.400 ou até US$ 101.100.
Reflexão sobre o cenário atual
O que se percebe neste momento é que o discurso do Fed representa um momento decisivo. O reconhecimento das finanças descentralizadas por uma autoridade monetária como o Fed mostra que o setor está, finalmente, alcançando uma relevância institucional. Mesmo que o medo das liquidações ainda esteja presente, a nova base de investidores parece mais sólida.
Caso o suporte se mantenha firme e o fluxo para os ETFs continue a crescer, há espaço para o Bitcoin voltar a flertar com a casa dos US$ 115.000 e até sonhar com novas máximas até o final do ano.
