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Bitcoin lateraliza em R$ 663 mil; altcoins têm alta de 15%

A cotação do Bitcoin (BTC) na manhã desta quinta-feira, 31 de julho de 2025, está em R$ 663.051,18. O Bitcoin segue em um movimento lateral, enquanto algumas altcoins, como XRP e BNB, estão registrando altas de até 2%.

Análise Macroeconômica do Bitcoin

André Franco, CEO da Boost Research, comenta que os mercados asiáticos tiveram perdas significativas, com destaque para as ações de Hong Kong e da China. Esta queda foi impulsionada por dados econômicos fracos e uma forte baixa nos preços do cobre. Para piorar, novas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos de cobre e um acordo comercial com a Coreia do Sul, que inclui tarifas de 15%, contribuíram para esse cenário instável.

Por outro lado, as expectativas nos Estados Unidos estão um pouco mais otimistas, já que as ações de tecnologia subiram após os bons resultados da Microsoft e da Meta. O Federal Reserve decidiu manter as taxas de juros como estão, e Jerome Powell sinalizou que mudanças futuras dependerão das próximas informações econômicas, o que diminui as chances de cortes nas taxas já em setembro. O dólar está próximo de sua máxima em dois meses, enquanto o preço do petróleo continua em alta.

Segundo Franco, o Bitcoin mostra resiliência, sendo negociado perto de US$ 118.000. A curto prazo, a situação é neutra ou levemente positiva, já que o otimismo nos EUA, impulsionado pelos lucros das grandes empresas de tecnologia, oferece um ambiente de liquidez favorável, compensando as declarações mais rígidas de Powell.

Em um panorama político, uma análise do Cointimes revela que Trump publicou recomendações para fortalecer o setor de criptomoedas nos EUA, incluindo a necessidade de clareza regulatória e redução de impostos sobre ganhos. Porém, o mercado sentiu falta de mencionar uma reserva estratégica de Bitcoin, um aspecto que poderia aumentar a confiança dos investidores.

Franco destaca que o cenário atual é similar ao do final de 2023, com a inflação diminuindo, a atividade econômica desacelerando e uma pressão para cortes de juros. Ele acredita que, se o Federal Reserve mudar sua postura, o Bitcoin pode alcançar US$ 150.000 até o final do ano, mas por enquanto, a expectativa é que ele oscile entre US$ 112.000 e US$ 120.000.

Análise Técnica do Bitcoin

Ryan Lee, Analista Chefe da Bitget, observa que o Bitcoin abriu espaço para altcoins. Tokens como Fartcoin (FART) e Pump.fun (PUMP) estão menos alinhados com o comportamento geral do mercado e respondem a ciclos de alta volatilidade e sentimentos de curto prazo. Esses ativos são impulsionados principalmente pelo entusiasmo do varejo e por dinâmicas comunitárias, em vez de fluxos institucionais.

Ele explica que as correções recentes—como a queda do FART em 14%—são mais reflexos de realização de lucros do que de uma mudança significativa no mercado. Enquanto isso, a estabilidade do Bitcoin em torno de US$ 118.000, sustentada por novos fluxos de ETFs e um ambiente macroeconômico estável, sugere que as quedas das altcoins são isoladas.

Os patamares técnicos para FART (US$ 1), JUP (US$ 0,5100) e PUMP (US$ 0,002366) serão fundamentais nos próximos dias. Lee também nota que os dados de atividade on-chain indicam que o interesse da comunidade pelos tokens permanece forte. Se o sentimento voltar a melhorar ou se o Bitcoin superar US$ 120.000, esses tokens poderão atrair novos investimentos.

Paulo Aragão, apresentador do podcast Giro Bitcoin, acredita que o BTC começará a se recuperar em breve, semelhante ao que aconteceu no segundo trimestre. Ele observa que, nos últimos 30 dias, 223.602 BTC foram transferidos de detentores de longo prazo para detentores de curto prazo, sugerindo um aumento no momentum.

Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, acrescenta que, apesar da consolidação de 16 dias e da estabilidade nas taxas de juros, há sinais otimistas para o BTC. Ele revela que carteiras com entre 10 e 10.000 BTC acumularam 218.570 BTC desde o final de março, representando 68,44% do fornecimento total de Bitcoin.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que circula e é utilizada eletronicamente. Trata-se de uma rede descentralizada, ou seja, não é controlada por uma única instituição. Com sua quantidade limitada a 21 milhões de unidades, o Bitcoin é a primeira criptomoeda, criada por um programador ou grupo anônimo sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto em 2009.

O surgimento do Bitcoin trouxe uma vantagem única: sua independência em relação a governos, bancos e instituições financeiras. Ninguém pode interferir nas transações, impor taxas ou retirar dinheiro de quem usa a moeda. Além disso, todas as transações são registradas de modo transparente em um livro-razão público chamado Blockchain.

Por ser uma rede descentralizada, o Bitcoin oferece aos usuários controle total sobre suas finanças. Cada transação é protegida por assinaturas digitais, garantindo a segurança no processo. Embora possa levar alguns minutos para concluir uma transação, o protocolo foi desenhado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

A cotação de R$ 663.051,18 significa que R$ 1.000 podem comprar aproximadamente 0,0015 BTC, e R$ 1 podem comprar cerca de 0,0000015 BTC.

No mesmo dia, as criptomoedas que mais se destacaram foram Ethena (ENA), com alta de 15%, Story IP (IP), subindo 8%, e Curve DAO (CRV), com crescimento de 7%. Em contraste, as maiores quedas foram registradas por Tron (TRX), que caiu -2%, SPX6900 (SPX), com uma redução de -0,8%, e Monero (XMR), que despencou -0,7%.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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