O preço do Bitcoin (BTC) na manhã de 29 de julho de 2025 é de R$ 663.873,53. Neste dia, o BTC se mantém em um movimento lateral, oscilando entre US$ 116 mil e US$ 119 mil. Enquanto isso, algumas altcoins registraram quedas expressivas, o que pode ser um sinal de que estamos diante de uma correção que pode favorecer o Bitcoin.
Bitcoin: Análise Macroeconômica
Recentemente, vimos uma valorização rápida das altcoins. Muitos achavam que era o início de uma nova “alta das altcoins”, mas logo surgiram correções significativas que bagunçaram o mercado cripto. Para realmente confirmar essa nova fase, seria necessário observar uma queda sustentada abaixo da média de 200 dias. Contudo, é sempre bom ficar atento e esperar sinais mais concretos antes de tomar grandes decisões. A próxima semana promete ser agitada, especialmente com a reunião do Fed marcada para o dia 30 de julho e a suspensão das tarifas recíprocas pelos EUA em 1º de agosto.
Além disso, o CEO da Boost Research, André Franco, comentou que o mercado asiático teve uma leve queda, à medida que os investidores começam a reconsiderar os impactos das tarifas, especialmente após um acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que aumentou algumas taxas de 1-2% para 15%. Essa mudança gerou preocupações sobre o crescimento econômico e a inflação na Europa, enquanto nos EUA os mercados futuros mostraram estabilidade.
Bitcoin: Análise Técnica
A análise da Bitfinex mostrou que o Bitcoin caiu até US$ 114.800 na semana passada, um ponto que funcionou como suporte temporário. Mas essa queda não durou muito — os preços logo se recuperaram e o BTC fechou a semana em US$ 119.580, com uma alta de cerca de 2,1%. Esse movimento repentino de queda, que chegou a quase 5%, gerou um momento de liquidações, onde mais de US$ 1,1 bilhão em posições compradas foram encerradas nas principais corretoras.
Embora a correção tenha sido breve em termos de preço, teve um impacto significativo, mostrando o quão sensível o mercado cripto pode ser quando a ansiedade dos investidores aumenta. Também, vale notar que o interesse por altcoins está crescendo: a dominância do Open Interest (OI) de Ethereum nos derivativos subiu de 17% para 26%, enquanto a do Bitcoin caiu para 41%.
Nos últimos dias, o volume de interesse em aberto das altcoins aumentou consideravelmente, saltando de US$ 26 bilhões para US$ 44 bilhões. Isso representa um retorno do capital especulativo ao mercado, indicando que os investidores estão optando por diversificar.
Para onde vai o preço do Bitcoin?
Ana de Mattos, analista técnica e trader, observa que o gráfico de 4 horas demonstra que o Bitcoin está operando em um intervalo desde 15 de julho. Isso gera liquidez tanto nos extremos altos quanto nos baixos. Caso haja um rompimento para cima, os alvos a se observar são US$ 121.480 e US$ 125.000. Por outro lado, um rompimento para baixo pode ver suporte entre US$ 112.000 e US$ 115.500.
Felipe Mendes, da Altside, acredita que romper a barreira dos US$ 120 mil pode iniciar um novo ciclo de alta. Ele também ressalta que o aumento no volume de transações e a valorização das altcoins refletem um maior apetite por risco. Essa pequena queda na dominância do Bitcoin sugere que os investidores estão considerando outras opções no espaço das criptomoedas.
Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, aponta que o mercado cripto manteve-se firme durante o final de semana, com o Bitcoin operando entre US$ 118,7 mil e US$ 119,4 mil. O Ethereum, por sua vez, teve um desempenho notável, valorizando cerca de 60% nas últimas semanas, superando os US$ 3.800.
Um dos pontos a destacar é que, mesmo com a dominância do Bitcoin, as altcoins podem oferecer um melhor risco/retorno em fases de consolidação do BTC. Além disso, a análise técnica sugere que o Bitcoin está enfrentando uma possível leve correção antes de novas altas. Se superar os US$ 120 mil, podemos ver um movimento em direção às máximas históricas, possivelmente chegando a US$ 140 mil a US$ 160 mil ainda em 2025.
O que é o Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital usada e distribuída eletronicamente, operando de forma descentralizada entre os usuários. Criado em 2009 por um programador ou um grupo anônimo sob o nome de Satoshi Nakamoto, o Bitcoin tem uma quantidade fixa, com um total de apenas 21 milhões de Bitcoins que podem ser gerados.
Uma das grandes vantagens do Bitcoin é sua independência em relação a governos, bancos e outras instituições. Isso significa que ninguém pode interferir nas transações, cobrar taxas ou manipular os valores. Cada transação é registrada em um livro público, chamado Blockchain, o que torna o sistema extremamente transparente.
A segurança das transações é garantida por meio de assinaturas digitais, e qualquer tentativa de alteração em um bloco afeta toda a sequência a seguir, facilitando a detecção de fraudes. As transações, dependendo da plataforma, podem levar alguns minutos para serem concluídas, já que o protocolo foi desenhado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
