Bitcoin se mantém acima de US$ 118 mil e Ethereum avança 5%
O preço do Bitcoin (BTC) nesta manhã de 18 de julho de 2025 está em R$ 659.879,92. O BTC se mantém em US$ 118 mil, enquanto outras criptomoedas, como a Dogecoin, aproveitam a estabilidade e sobem mais de 10%.
Bitcoin: uma visão macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, comenta que os mercados na Ásia acompanharam a tendência de alta de Wall Street, impulsionados por dados econômicos positivos dos Estados Unidos. As vendas no varejo cresceram, os pedidos de auxílio-desemprego caíram e os lucros das empresas foram robustos. Isso ajudou o índice MSCI da região a atingir seu maior patamar desde 2021.
O dólar apresentou uma leve valorização nesta semana, enquanto o iene se enfraqueceu com a aproximação das eleições no Japão. Apesar das incertezas sobre tarifas comerciais, o clima de otimismo predominou nos mercados. Nesse ambiente favorável, o Bitcoin subiu, se consolidando mais perto da marca de US$ 120.000 devido ao aumento do interesse por ativos tecnológicos e digitais.
Franco ainda menciona que a expectativa para o Bitcoin no curto prazo é muito positiva. Além do cenário macroeconômico favorável, a possível aprovação de novos projetos de lei que beneficiam o mercado cripto nos EUA pode impulsionar ainda mais seu valor nas próximas semanas.
Paulo Aragão, apresentador do podcast Giro Bitcoin, ressaltou que o recente avanço do GENIUS Act, que aguarda a assinatura do presidente, e o envio do Clarity Act ao Senado trouxeram um novo fôlego ao cenário regulatório no país.
“Mesmo com algumas críticas, especialmente em relação à proteção ao consumidor, o mercado respondeu bem, encarando esses projetos como importantes para a maturação institucional das criptomoedas”, afirmou.
Esse novo cenário regulatório e a significativa entrada de capital em ETFs estão trazendo uma nova fase de valorização para o mercado de criptomoedas. Dados recentes mostram que os ETFs de Ethereum captaram US$ 602 milhões, após alcançar um pico de US$ 727 milhões no dia anterior. O Bitcoin também teve entradas expressivas, com US$ 523 milhões, enquanto a Solana atraiu US$ 8 milhões, mantendo sua performance.
Valentin Fournier, analista-chefe da BRN Research, acredita que a superação da marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado total é um ponto crucial para o futuro da criptoeconomia. Ele pondera: “Apesar das altas, a pressão para ficar de fora é maior do que o risco de uma correção de curto prazo.”
O clima otimista se reflete em métricas de fluxo. O índice de medo e ganância chegou a 71 pontos em 100, evidenciando um otimismo generalizado no mercado, embora ainda longe de níveis de euforia.
Análises técnicas do Bitcoin
Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, enfatiza que estamos em um momento de consolidação entre US$ 110.000 e US$ 125.000, com sinais de lateralização. O mercado aguarda definições nas políticas nos EUA e indicadores econômicos.
“Se o Bitcoin romper a resistência de US$ 120.700 com força, pode buscar novamente o topo e chegar a US$ 126.000. No médio prazo, há espaço para uma valorização entre US$ 140.000 e US$ 155.000. Mas, se cair abaixo de US$ 115.300, é possível que vejamos uma correção mais acentuada até US$ 113.700 ou menos”, explica.
João Canhada, fundador da Foxbit, observa que o Bitcoin demonstra força técnica, estando acima das médias móveis e formando padrões que sugerem continuação de alta, com alvos entre US$ 134 mil e US$ 146 mil nos meses seguintes. As resistências de curto prazo estão entre US$ 123 mil e US$ 124 mil, enquanto os suportes são em US$ 120 mil e US$ 115 mil.
O Ethereum também mostra força, com uma valorização de mais de 15% na semana, superando US$ 3.200. Sinais técnicos indicam uma “compra forte”, com expectativas de que chegue a US$ 3.500 em breve, tendo suporte em US$ 3.150.
A expectativa é de que os próximos dias tragam uma leve correção antes de uma nova alta. O ambiente permanece otimista, mas os investidores precisam ficar alertas para possíveis realizações de lucros. Apesar disso, os fundamentos do mercado continuam sólidos, com crescente adoção institucional e um mercado em amadurecimento, criando um momento crucial para quem deseja se posicionar com estratégia.
No dia 18 de julho de 2025, o preço do Bitcoin é de R$ 659.879,92. Com esse valor, é possível comprar 0,0015 BTC com R$ 1.000 e 0,0000015 BTC com R$ 1.
As criptomoedas que se destacaram com altas no dia são a Ethereum Classic (ETC), que subiu 19%, a Uniswap (UNI) com 17%, e a Flare (FLR), que cresceu 12%. Por outro lado, as que tiveram as maiores quedas foram a Pump.fun (PUMP), com redução de 14%, a Bonk (BONK) com 7%, e a Pudgy Penguins (PENGU), que teve uma queda de 4%.
O que é o Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que circula e é distribuída eletronicamente. Ele funciona em uma rede descentralizada, o que significa que não é controlado por nenhuma pessoa ou instituição.
Uma característica marcante do Bitcoin é que não pode ser impresso e sua quantidade é limitada a 21 milhões de unidades. Ele foi introduzido em 2009 por um programador ou um grupo de programadores desconhecidos, sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.
A identidade real do criador do BTC permanece um mistério, e várias pessoas mencionadas nos rumores negaram ser Nakamoto. Ele mesmo disse que era um homem de 37 anos vivendo no Japão, mas essa informação gera dúvidas, principalmente por seu inglês impecável e o fato de seu software não ter sido desenvolvido em japonês. Por volta de 2010, Nakamoto deixou o Bitcoin nas mãos de membros proeminentes da comunidade.
Para muitos, a principal vantagem do Bitcoin está em sua independência em relação a governos, bancos e empresas. Ninguém pode interferir nas transações, impor taxas ou, de alguma forma, tomar o dinheiro dos usuários. Além disso, as transações de Bitcoin são transparentes e são registradas em um grande livro público chamado Blockchain.
Ao não ser controlado por nenhuma organização, o Bitcoin dá aos usuários total controle sobre suas finanças. Cada transação é armazenada em um livro público, e qualquer tentativa de fraude é facilmente detectada e corrigida.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação, e a segurança é garantida através de assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio. O processo de verificação pode levar alguns minutos, e cada bloco na rede demora cerca de 10 minutos para ser minerado.