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Bitcoin se mantém estável; altcoins enfrentam queda significativa

O preço do Bitcoin (BTC), nesta manhã de 24 de julho de 2025, está em R$ 654.663,16. O BTC mantém sua cotação em US$ 118 mil, mas as altcoins enfrentam quedas significativas. O XRP lidera essas perdas, com mais de 10% de desvalorização, e Solana e BNB caem 6% e 4%, respectivamente.

Bitcoin: Análise Macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, comenta que os mercados globais estão seguindo uma trajetória positiva. Esse movimento é impulsionado por progressos nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e seus aliados, além de resultados financeiros robustos de grandes empresas de tecnologia.

Lá na Ásia, o índice Topix, do Japão, alcançou um novo recorde histórico, refletindo o otimismo em torno de um possível acordo entre EUA e Japão. O dólar australiano atingiu seu maior valor em oito meses, enquanto o euro e o iene se valorizam, pressionando o dólar americano para mínimas de várias semanas.

No campo das commodities, tanto o ouro quanto o petróleo estão em alta. O Bitcoin, por sua vez, continua forte perto dos US$ 119.000, embora tenha registrado uma leve correção durante o dia.

Segundo Franco, “o otimismo em relação ao ativo ainda é grande, especialmente com a valorização do euro e do iene, o que torna o Bitcoin mais competitivo. Isso ajuda a manter a tendência de alta no curto prazo, embora mudanças nas declarações do Federal Reserve possam trazer um pouco de volatilidade, é bom ficar de olho.”

Isac Honorato, CEO da Cointimes, complementa que ativos mais consolidados, como o Bitcoin, conseguem absorver ordens volumosas sem queimar o preço. Em contrapartida, as altcoins são mais sensíveis, e movimentações de poucos milhões já são suficientes para causar grandes oscilações e liquidações em massa. Com mais de US$ 24 bilhões em open interest apenas em Ethereum (ETH), os sinais de instabilidade são evidentes.

Ele alerta: “A cautela é fundamental em ciclos de alta acelerada. O Bitcoin pode voltar a ser o centro das atenções. Se conseguir ultrapassar os US$ 124 mil de forma consistente, talvez a grana comece a fluir de volta para as altcoins. Até lá, precisamos ter disciplina e foco na gestão de riscos.”

Bitcoin: Análise Técnica

Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, observa que há um leve aumento na dominância do Bitcoin por causa das quedas das altcoins, mas isso não deve atrasar a chamada “altseason”.

“O suporte mais próximo está em 60%. Se a dominância cair novamente, pode haver uma recuperação forte para as altcoins”, afirma.

Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, analisa o lado técnico da situação. Com o preço do BTC na faixa de US$ 118.000, o RSI se encontra em uma zona neutra, mostrando uma leve predominância compradora sem grandes exageros. “Se o volume aumentar, pode haver espaço para essa aceleração.”

As médias móveis estão alinhadas, indicando uma tendência de alta no curto prazo. Recentemente, ocorreram liquidações significativas de longs em US$ 117.227, estabelecendo um suporte imediato.

“O viés de curto prazo para o BTC é neutro-altista. Se ele superar os US$ 123.000 a 124.000, pode fazer testes em US$ 129.000 e US$ 131.000. Porém, se perder os US$ 115.000, uma correção até US$ 112.500 pode ser possível, e a tendência de alta estaria comprometida”, esclarece.

Valentin Fournier, analista-chefe da BRN, mantém uma postura cautelosa em relação à Solana, que tende a liderar tanto as altas quanto as quedas. “Por isso, reduzimos a nossa exposição para apenas 2%. Atualmente, temos 40% em caixa e reforçamos a posição em BTC.”

Taiamã Demaman, da Coinext, também está otimista, mas ressalta que é necessário ter cuidado. “A queda atual não altera o cenário, que ainda é de alta. Enquanto a dominância do BTC estiver acima de 59,56% e o preço se mantiver entre US$ 110 mil e US$ 116 mil, o cenário das altcoins permanece favorável, com potencial de ganhos mesmo com oscilações”.

Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, avisa que, se o BTC cair para menos de US$ 116.000, pode tentar testar a Média Móvel Exponencial (MME) de 50 dias, a US$ 111.269. Mas, se fechar acima de US$ 120.000, a recuperação pode empurrá-lo em direção à nova máxima histórica de US$ 123.218.

E para quem está curioso, em 24 de julho de 2025, o preço do Bitcoin é de R$ 654.663,16. Com isso, R$ 1.000 compra cerca de 0,0015 BTC e R$ 1 compra 0,0000015 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia são Story (IP), Sky (SKY) e Bonk (BONK), com 5%, 3% e 2%, respectivamente. Por outro lado, as maiores baixas ficam com Flare (FLR), Aptos (APT) e Fartcoin (FARTCOIN), com quedas de -14%, -13% e -8%.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que circula e é distribuída eletronicamente. É uma rede descentralizada, ou seja, ninguém a controla.

Uma das principais vantagens do Bitcoin é que ele não pode ser impresso, pois sua quantidade é limitada — são apenas 21 milhões de bitcoins que podem ser gerados. Ele surgiu em 2009, apresentado por uma pessoa ou um grupo desconhecido sob o nome de Satoshi Nakamoto.

Rumores sobre a identidade de Nakamoto não param, mas quem foi mencionado negou ser ele. Mesmo afirmando ser um japonês de 37 anos, a barragem levanta dúvidas, já que seu inglês é perfeito e seu código não foi desenvolvido em japonês. Por volta de 2010, Nakamoto deixou o Bitcoin nas mãos de proeminentes membros da comunidade.

Para muitos, a principal vantagem do Bitcoin é a sua independência de governos, bancos e corporações. Com isso, nenhuma autoridade pode interferir nas transações, cobrar taxas ou retirar dinheiro. Cada transação é registrada em um grande livro-razão público chamado Blockchain.

Como o Bitcoin não é controlado por uma entidade específica, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. Cada tentativa de mudar um bloco de transações afetaria todos os blocos seguintes, tornando erros ou fraudes facilmente detectáveis.

Além disso, a carteira do usuário verifica a validade das transações, que são protegidas por assinaturas digitais. Esse processo pode levar alguns minutos, já que o protocolo foi criado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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