O Bitcoin está se movendo de forma lateral, fechando em torno de US$ 114.500 e apresentando uma leve queda de 0,5% nas últimas 24 horas. O mercado, por sua vez, parece estar em um momento de consolidação. Enquanto isso, analistas observam com atenção as tendências macroeconômicas globais e as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, que podem influenciar o sentimento dos investidores.
Atualmente, a maior criptomoeda do mundo mantém um valor de mercado de US$ 2,28 trilhões, com um volume diário acima de US$ 47 bilhões. Esses números refletem uma participação significativa no mercado, apesar de um recente enfraquecimento do impulso de alta.
Otimismo com acordo comercial impulsiona confiança no Bitcoin
O clima positivo vem principalmente dos relatos sobre um possível consenso entre os EUA e a China em relação a disputas comerciais. A expectativa é de que os presidentes Donald Trump e Xi Jinping finalizem um acordo ainda esta semana, abordando questões delicadas como tarifas e controles de exportação.
Recentemente, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mencionou que as tarifas de 100% sobre produtos chineses foram descartadas e que a China deve retomar compras significativas de soja. Se esse acordo se concretizar, pode aliviar as pressões nas cadeias de suprimento e incrementar o otimismo do mercado — fatores que costumam beneficiar o Bitcoin, especialmente em momentos de menor incerteza.
Relações EUA–China seguem guiando o mercado
Apesar dos sinais de otimismo, a incerteza ainda está presente. O representante comercial dos EUA, conhecido como USTR, iniciou uma nova investigação sobre as práticas comerciais da China, apresentando alegações de descumprimento do Acordo da Fase Um de 2020. Essa apuração envolve problemáticas relacionadas à propriedade intelectual e compromissos agrícolas, podendo reacender tensions tarifárias.
O Ministério das Relações Exteriores da China negou as acusações, alegando estar cumprindo suas obrigações. Essa investigação pode oferecer novas justificativas para os EUA reimpor tarifas, especialmente se as negociações entrarem em um impasse. Para quem investe em Bitcoin, o cenário adiciona mais complexidade e incertezas ao mercado. Mudanças nas relações EUA-China historicamente impactam a liquidez e o apetite ao risco — elementos cruciais para a volatilidade do setor cripto.
Bitcoin enfrenta resistência-chave em US$ 114.950
Em termos técnicos, o par BTC/USD continua consolidado abaixo da marca de US$ 114.950, um nível que representa uma resistência significativa. Recentemente, um padrão de topo duplo começou a se formar, sinalizando uma possível falta de força compradora após um aumento recente, que começou em US$ 108.667.
Além disso, o indicador RSI próximo de 63 sugere uma perda de força na tendência de alta. O preço também está abaixo da média móvel exponencial de 50 dias, que é um indicador importante para a tendência no curto prazo.
Se o Bitcoin conseguir ultrapassar US$ 116 mil, pode-se esperar que ele se aproxime de US$ 117.669 e até US$ 120.571, confirmando uma continuação do movimento de alta. Contudo, se falhar em romper essa resistência, pode haver uma correção para os níveis de US$ 113.552 e US$ 112.255. Uma queda sustentada abaixo de US$ 112 mil confirmaria o topo duplo, podendo resultar em nova pressão vendedora até US$ 108.667.
Ponto de vista do CryptoNews BR
O mercado está mostrando força, mas também hesitação devido às conversas entre os EUA e a China. Se um acordo for realmente concretizado, é provável que o apetite por risco aumente, possibilitando que o Bitcoin suba acima de US$ 120 mil. No entanto, é importante ter cautela. Qualquer sinal de nova tensão comercial pode reacender a volatilidade e frear o entusiasmo dos investidores.
Por isso, é essencial ficar de olho nos níveis de US$ 112 mil e US$ 115 mil, que podem indicar a próxima direção do BTC.
