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BitMine aumenta reservas de Ethereum para acima de US$ 8 bilhões

A BitMine Immersion Technologies, uma empresa de mineração de Bitcoin, recentemente fez barulho ao comprar 153.000 unidades de Ethereum (ETH) por impressionantes US$ 655 milhões. A meta da companhia é conquistar 5% do total disponível neste ativo. Isso, segundo anúncio oficial da empresa.

Localizada em Las Vegas, a BitMine agora detém cerca de 1,86 milhão de ETH, avaliados em aproximadamente US$ 8,1 bilhões. A estratégia deles com o Ethereum começou no fim de junho, e agora a empresa possui cerca de 1,5% dos 120,7 milhões de ETH circulando pelo mercado, de acordo com dados da CoinGecko.

Atualmente, a BitMine é considerada a maior detentora corporativa de Ethereum, superando até mesmo gigantes como a SharpLink Gaming e a Fundação Ethereum, uma organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento da rede.

Em um vídeo divulgado recentemente, Tom Lee, cofundador da Fundstrat e presidente da BitMine, comparou o momento atual do Ethereum a um episódio histórico: o ano de 1971. Nesse período, o governo dos Estados Unidos abandonou o padrão-ouro, transformando o dólar em uma moeda “sintética”. Lee argumenta que essa mudança impulsionou inovações no setor financeiro, como a criação de fundos de mercado monetário e cartões de débito.

Ele acredita que a próxima década pode ser marcada pelo crescimento de stablecoins e ações tokenizadas. A aprovação da Lei GENIUS, que se concentra em stablecoins, pode ajudar a acelerar a adoção de soluções baseadas em blockchain. À medida que sistemas de inteligência artificial se tornam mais avançados, Lee prevê que essa tecnologia também começará a utilizar o blockchain.

“Em 2025, será comum pensar: ‘Quero uma reserva digital de valor’ e, para isso, o Bitcoin será a referência”, afirma. No entanto, ele vê o Ethereum como o futuro do mercado de ativos digitais, indicando que Wall Street está investindo nesse conceito.

Além de sua significativa quantidade de Ethereum, a BitMine possui também uma pequena reserva de Bitcoin — 192 unidades, valendo cerca de US$ 21 milhões. Entretanto, as ações da BitMine sofreram uma leve queda de 3,5%, negociando a US$ 42,11 na segunda-feira. O preço do Ethereum também apresentou uma leve queda, atingindo US$ 4.300, uma diminuição de 0,5%.

Historicamente, o Bitcoin tem sido a criptomoeda mais valorizada. Porém, durante o auge das criptomoedas na pandemia, o Ethereum também ganhou notoriedade. Um dos pontos altos nesse percurso foi em novembro de 2021, quando 1 ETH podia ser trocado por cerca de 0,085 BTC. Essa taxa se recuperou de um ponto mais baixo em abril, porém ainda está abaixo da média histórica de 0,047.

Se o Bitcoin atingir US$ 250 mil, Lee projeta uma possível valorização de até US$ 12 mil para o Ethereum, caso a média histórica se mantenha. “Acredito que o Ethereum não só voltará a sua média de longo prazo, mas pode até superá-la, à medida que se torna a infraestrutura financeira que Wall Street irá desenvolver”, completa Lee.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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