Bitwise discute fundos de índice, staking e acessibilidade
O mercado de criptomoedas sempre teve suas nuances. Com termos técnicos complicados, manchetes que mudam a todo momento e plataformas que podem parecer um labirinto, muitos investidores acabam achando tudo isso muito complexo ou até arriscado para se envolver.
Recentemente, no “Clear Crypto Podcast”, o apresentador Nathan Jeffay teve uma conversa interessante com Ryan Rasmussen, que é o chefe de pesquisa da Bitwise Asset Management. Eles discutiram como o cenário dos investimentos em cripto está se transformando e, de certa forma, se tornando mais acessível tanto para o investidor comum quanto para as grandes instituições.
Mais clareza sobre cripto
Rasmussen comentou que a imagem das criptomoedas, antes tão complicada, está mudando rapidamente. Ele mencionou que os investidores da Bitwise estão em busca de várias formas de se expor à economia cripto. “A maioria quer ter acesso direto aos criptoativos, usando veículos com os quais já estão familiarizados”, destacou.
Essa busca inclui produtos como fundos negociados em bolsa (ETFs), que são baseados em indíces de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH), além de fundos diversificados em cripto que funcionam de maneira similar ao S&P 500, mas focados em ativos digitais.
A Bitwise, por sua vez, administra quase US$ 15 bilhões em produtos focados em cripto. Rasmussen ressaltou que esses novos produtos visam não só a conveniência, mas também a acessibilidade e a escalabilidade. “Os investidores colocam o dinheiro no fundo, que então adquire os criptoativos e os mantém em cold storage, com custódias como a Coinbase e a Anchorage”, explicou.
Essa estrutura é importante porque ela remove a dificuldade que algumas vezes desanima consultores financeiros ou instituições. “Um consultor financeiro não pode simplesmente sair por aí e comprar Bitcoin, guardando na carteira cold para seu cliente. Isso simplesmente não funciona na prática”, pontuou Rasmussen.
Staking é o futuro
O episódio também trouxe à tona o conceito de staking, que é um mecanismo crucial no universo cripto. Ele recompensa os usuários que ajudam a proteger redes que operam em proof-of-stake.
Embora o staking ainda gere incertezas nos Estados Unidos, devido à legislação que varia entre estados e a falta de regras nacionais consistentes, Rasmussen vê um futuro promissor. Ele acredita que, a longo prazo, o staking será encarado como um serviço comum para os investidores.
Além disso, Rasmussen falou sobre as mudanças regulatórias que estão acontecendo em Washington. Com mais clareza nas regras, grandes instituições financeiras estão se aproximando do mundo cripto. Para ele, isso representa “o maior catalisador, além dos ETFs de Bitcoin, que já vimos”.
Se você ficou curioso e quer saber mais sobre essa conversa, o episódio completo do “Clear Crypto Podcast” está disponível em várias plataformas, como Apple Podcasts e Spotify.