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BlackRock coloca blockchain entre suas prioridades atuais

Nesta terça-feira, 23, durante o DAC 2025, um evento bem bacana promovido pelo Mercado Bitcoin, Fernando Barreto, que é o responsável pelos ETFs Offshore da BlackRock, compartilhou algumas ideias importantes. Ele disse que a integração da blockchain com o sistema financeiro tradicional não é só uma tendência; é algo que está no topo da lista de prioridades.

A BlackRock acredita que um dos pontos mais fortes da tecnologia blockchain é a possibilidade de negociar 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso é algo que os mercados tradicionais ainda não conseguiram atingir. Essa flexibilidade é vista como inovadora e estratégica, sendo um dos pilares que deve transformar o cenário financeiro nos próximos anos.

Barreto fez questão de destacar que a BlackRock está totalmente comprometida em trazer a blockchain para o sistema financeiro. “O espaço institucional está mudando, e a demanda por isso só aumenta”, afirmou ele, mostrando que a busca por esses ativos está realmente aquecida.

Foco nos Ativos Digitais

Ainda falando sobre a estratégia da empresa, Barreto mencionou o IBIT, o ETF de Bitcoin da BlackRock. Esse produto já conquistou o interesse de bancos centrais, fundos patrimoniais e até universidades nos EUA. E não é só lá fora: países da América Latina, como Colômbia, Peru, Chile e Brasil, estão buscando maneiras de ter acesso mais eficiente a esses ativos digitais. No Caribe, empresas do setor cripto também já utilizam o ETF para melhorar suas gestões financeiras.

Um outro ponto que chamou a atenção foi a proposta de 19 estados americanos que desejam criar reservas estratégicas em Bitcoin. Essa iniciativa demonstra como a ideia de usar a criptomoeda como uma proteção financeira está ganhando força e reconhecimento político nos EUA.

Segurança e Liquidez

Para a BlackRock, três fatores são essenciais nesse movimento de institucionalização do mercado cripto. O primeiro é a segurança. A gestora oferece custódia e medidas de proteção aos investidores. O segundo é a liquidez, já que os ETFs da BlackRock estão entre os maiores do mundo, movimentando bilhões em mercados secundários.

O terceiro ponto é a possibilidade de operar com a estrutura tradicional do mercado. Isso facilita para fundos e investidores menores, que podem acessar ativos digitais usando contas tradicionais em corretoras, sem precisar abrir contas específicas de custódia para cripto.

Outra vantagem dos ETFs é a possibilidade de usar o robusto mercado de opções nos Estados Unidos. Com isso, surgem estratégias para geração de rendimento, como a venda de volatilidade. A BlackRock aponta que os spreads em produtos como o IBIT e o ETHOP podem cair para apenas um a dois pontos-base, o que diminui custos e torna a competição mais acirrada em relação a alternativas.

Uma Nova Abordagem de Investimentos

No final de 2024, a BlackRock definiu sua visão ideal para alocação em ativos digitais. Um relatório do BlackRock Investment Institute estabeleceu que uma faixa de 1% a 2% em Bitcoin ou Ethereum é recomendada para quem tem uma carteira diversificada.

Esse grau de exposição oferece um impacto de risco que se assemelha ao que se vê com as chamadas “Magnificent 7” em um portfólio tradicional de 60/40. Para a gestora, essa alocação é um ponto de partida equilibrado, já que aumentar esse percentual poderia elevar o risco total da carteira.

“Investir em Bitcoin hoje está diretamente ligado à demanda que veremos no futuro”, destacou um dos executivos, enfatizando que essa é uma decisão estratégica para quem busca crescer e se conectar com o futuro dos ativos digitais.

Se em 2023 muitos diretores de investimentos estavam apenas ouvindo falar sobre o assunto, a realidade mudou em 2025. A BlackRock percebeu um real aumento no número de instituições em busca de entender melhor o ecossistema digital. E mais do que isso, esse interesse se traduz em investimentos concretos, mostrando um amadurecimento do mercado.

Nesse contexto, a BlackRock projeta que o futuro passará por estruturas mais sofisticadas, como ETFs que reúnem diferentes criptomoedas em um único produto. A tokenização também é vista como uma tendência forte, com potencial para mudar a forma como reservas e ativos financeiros são movimentados ao redor do mundo.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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