A Tether está dando um passo importante no mundo das criptomoedas com o lançamento de uma nova stablecoin lastreada em dólar. E quem vai liderar essa nova empreitada é Bo Hines, ex-assessor de cripto da Casa Branca, que agora assume o cargo de CEO da Tether USAT.
Essa nova stablecoin está alinhada com os padrões de reservas e as diretrizes da recém-aprovada lei GENIUS sobre stablecoins. Para isso, ela vai usar a plataforma Hadron, que é voltada para a tokenização de ativos do mundo real. A novidade foi anunciada na última sexta-feira e mostra que a Tether está se posicionando para um futuro cada vez mais digital.
As stablecoins já estão fazendo sucesso e atingiram recentemente a marca de mais de US$ 270 bilhões em circulação. O CEO da Tether, Paolo Ardoino, comentou sobre a importância do dólar nesta nova fase. Ele declarou: “A Tether já é um dos maiores detentores de títulos do Tesouro dos EUA porque acreditamos profundamente no poder duradouro do dólar. A USA₮ é o nosso compromisso de garantir que o dólar não apenas permaneça dominante na era digital, mas prospere.”
O interesse em stablecoins não é apenas um movimento do mercado, mas também um ponto de discussão estratégica para governos, especialmente o dos Estados Unidos. Essa tecnologia financeira está também em foco em países como a China, que buscam acompanhar essa nova onda.
Bo Hines entra na corrida das stablecoins
Bo Hines decidiu deixar seu cargo no Conselho de Cripto da Casa Branca em agosto, o que marca seu retorno ao setor privado. Ele fez este anúncio logo após o governo divulgar um importante relatório sobre o futuro das políticas de tecnologia financeira digital nos EUA, que não poupou detalhes sobre stablecoins e sistemas de pagamentos.
Recentemente, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mencionou que as stablecoins são vitais para manter a liderança do dólar. Isso se dá principalmente pela forma como facilitam o acesso à moeda por canais digitais.
Um conceito interessante sobre as stablecoins é que elas podem ser supercolateralizadas. Isso significa que a dívida do governo que emite a moeda fiduciária pode ser comprada para garantir os tokens digitais correspondentes. Essa estratégia permite que o governo tenha mais flexibilidade para lidar com a inflação, facilitando a distribuição da moeda entre mais pessoas e atendendo ao aumento da demanda.
Além disso, novas regulamentações sobre stablecoins em Hong Kong estão atraindo bancos e instituições financeiras dispostos a lançar suas próprias stablecoins lastreadas em yuan. Enquanto isso, um assessor próximo ao presidente russo, Vladimir Putin, fez declarações acusando os EUA de utilizar stablecoins para desvalorizar sua dívida.
Esse cenário mostra um jogo de forças cada vez mais complexo no mundo financeiro global, com as stablecoins ocupando um papel central nessa nova dinâmica.
