Bo Hines é nomeado consultor estratégico da Tether
A Tether, famosa por sua stablecoin USDt (USDT), deu um passo importante ao contratar Bo Hines como seu novo consultor estratégico para ativos digitais nos EUA. Essa mudança indica que a empresa está focada em ampliar sua atuação na maior economia do mundo. O anúncio, feito na terça-feira, ressalta o compromisso da Tether em se engajar de maneira mais direta nesse mercado.
Bo Hines, que já foi diretor executivo do Conselho de Cripto da Casa Branca, tem experiência na administração do ex-presidente Donald Trump. Durante esse tempo, ele trabalhou para estimular a inovação em ativos digitais e ajudar a criar diretrizes para emissão de stablecoins, além de fomentar a colaboração entre o governo e a indústria de blockchain.
Nessa nova função, Hines irá trabalhar ao lado da equipe de liderança da Tether. O objetivo é facilitar a entrada da empresa no mercado americano e construir relações positivas com os legisladores e outros representantes da indústria. Segundo Paolo Ardoino, CEO da Tether, o conhecimento de Hines sobre o processo legislativo e sua paixão pela blockchain fazem dele um grande trunfo nesse desafio.
Agora, a Tether está se preparando para lançar uma stablecoin “doméstica”, lastreada em dólar, prevista para chegar ao mercado entre o final de 2025 e o início de 2026. Essa novidade dependerá, é claro, das conversas em andamento com os legisladores.
Recentemente, a Tether também fez investimentos estratégicos significativos nos EUA, reinvestindo quase US$ 5 bilhões na economia local. A inclusão de Hines na equipe visa solidificar ainda mais esse relacionamento com o mercado americano.
Stablecoins e Inclusão Financeira
Hines está animado com a chance de participar desse momento crucial na Tether, onde vê uma oportunidade de empoderar os consumidores americanos e transformar o sistema financeiro. Ele destacou o potencial das stablecoins para modernizar pagamentos e aumentar a inclusão financeira. Afinal, essas moedas digitais funcionam como uma ferramenta importante em regiões onde a infraestrutura bancária é limitada, possibilitando transações sem a necessidade de contas bancárias e reduzindo drasticamente as taxas de remessas, especialmente para pagamentos internacionais.
Vale notar que a nomeação de Hines aconteceu em um momento em que ele havia deixado seu cargo na Casa Branca. Durante sua gestão, o Conselho de Cripto, sob sua liderança, publicou um relatório sobre a regulamentação de ativos digitais nos EUA, que foi criticado por não avançar de forma significativa nas questões sobre Bitcoin.
Em diversas ocasiões, Hines levantou a ideia de que o governo americano poderia reavaliar suas reservas de ouro e considerar converter parte delas em Bitcoin, ampliando assim a reserva nacional sem aumentar o orçamento federal. Essa proposta está alinhada com estratégias que visam a neutralidade orçamentária.
Os próximos passos da Tether no mercado americano prometem trazer muitas novidades e oportunidades para todos os envolvidos, especialmente em um setor que está em constante evolução.