Bolsa de valores do Brasil em risco com novo lançamento
A hegemonia da Bolsa de Valores do Brasil, a B3, está enfrentando um novo desafio. A CSD BR, uma empresa que atua na infraestrutura do mercado financeiro e é autorizada pelo Banco Central, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Superintendência de Seguros Privados, já alcançou a impressionante marca de R$ 4 trilhões em valor de estoque.
Essa nova clearing, que conta com acionistas de peso como BTG, Santander e Chicago Board Options Exchange, tem planos ambiciosos. Em até três anos, pretende se transformar em uma bolsa de valores. Isso representa uma mudança significativa no cenário financeiro brasileiro.
### Nova clearing traz inovação e quebra de monopólio
A ideia para a CSD BR surgiu do CEO Edivar Queiroz. Durante seu tempo na Luz Soluções Financeiras, ele percebeu que havia espaço para uma nova clearing no Brasil, que utilizasse tecnologia própria. A proposta é clara: quebrar o monopólio existente nesse mercado.
A CSD acredita que essa nova concorrência vai beneficiar o mercado como um todo. Com a chegada de novos serviços e operações, também se espera que os órgãos reguladores melhorem o monitoramento dos riscos sistêmicos. O que Edivar destaca é que a tecnologia avançada e a segurança na manipulação de dados são fundamentais para entregar aos clientes produtividade, economia e inovação.
### A B3 e suas novas estratégias
Enquanto isso, a B3 está se movimentando para garantir sua relevância. Nos últimos anos, a bolsa brasileira começou a oferecer ETFs e fundos de índice atrelados a criptomoedas como Bitcoin e Ethereum. O HASH11, por exemplo, acompanha um índice diversificado de criptoativos, permitindo que os investidores adquiram ações na B3 sem precisar lidar com carteiras digitais.
A expansão dos produtos relacionados a criptomoedas na B3 reflete a crescente demanda por diversificação por parte dos investidores. Agora, eles podem negociar esses ativos com a mesma comodidade das ações tradicionais.
### Crescimento explosivo dos contratos futuros
Desde abril de 2024, a B3 também introduziu o Contrato Futuro de Bitcoin em Reais, um passo que permite aos investidores especular ou se proteger sem a necessidade de comprar o ativo diretamente. O sucesso foi rápido: já no terceiro dia de negociações, mais de 10 mil contratos foram registrados.
Recentemente, a B3 facilitou ainda mais o acesso a esses ativos. O tamanho do contrato de Bitcoin foi reduzido, permitindo que cada contrato represente apenas 0,01 BTC. Essa medida não só diminuiu o custo de negociação, mas também tornou as margens de garantia mais acessíveis, com uma margem mínima de apenas R$ 50.
Além do Bitcoin, a B3 começou a negociar contratos futuros para Ethereum e Solana. Com esses novos contratos, a expectativa é que o volume médio diário do contrato de Bitcoin, que já estava em cerca de R$ 356 milhões, aumente ainda mais.
O movimento em direção a Ethereum e Solana promete oferecer ainda mais opções para investidores, amplificando as estratégias de investimento no cenário atual.