Brasil é o 5º no mundo em adoção de criptomoedas, aponta Chainalysis
O Relatório Geográfico das Criptomoedas de 2025, feito pela empresa de análise blockchain Chainalysis, trouxe notícias importantes: o Brasil é o 5º país no mundo em adoção de criptoativos. Esse documento abrange 151 países e mostra como o uso das criptos está crescendo de forma acelerada pelo mundo. A região da Ásia-Pacífico, em particular, lidera essa corrida, impulsionada por países como Índia, Paquistão e Vietnã.
Além disso, vale destacar que a América Latina teve um desempenho notável, com um aumento de 63% no valor total de criptomoedas recebidas entre a metade de 2024 e 2025. Essa região vem se mostrando uma das que mais crescem no universo cripto, ficando atrás apenas da APAC, que atingiu uma alta de 69%.
O Brasil, por sua vez, apresenta uma adoção bastante equilibrada e madura. O país conseguiu a 5ª posição no ranking geral e, curiosamente, se destacou por manter uma consistência rara. Ele ficou em 5º lugar em todos os critérios analisados, que incluem:
- O valor total recebido em serviços centralizados.
- Transações de varejo (aqueles valores menores que US$ 10 mil).
- O volume em protocolos DeFi.
- E, muito importante, no novo subíndice de atividade institucional, que considera transações acima de US$ 1 milhão.
Outros países da América Latina também se destacaram a nível global, como a Venezuela, que ficou em 18º, e a Argentina, em 20º.
Adoção das criptomoedas no Brasil e no mundo
Um ponto interessante do relatório é que a adoção de criptomoedas está avançando em quase todas as faixas de renda. A análise da Chainalysis, com base nos dados do Banco Mundial, revela uma adoção sincronizada entre países de diferentes níveis de riqueza, como os de renda alta, média-alta e média-baixa.
Isso mostra que a atual onda de adoção é ampla e não está restrita a mercados desenvolvidos. Mesmo os mercados em desenvolvimento estão vivendo um crescimento significativo, onde as remessas e o acesso ao dólar por meio das stablecoins estão acelerando esse processo.
O relatório também aborda a ascensão das stablecoins, que têm se mostrado cada vez mais versáteis. Globalmente, o volume de transações de stablecoins é dominado por USDT (Tether) e USDC, que sempre superam outras opções em volume.
Nos meses analisados, o USDT conseguiu processar mais de US$ 1 trilhão por mês. No entanto, o crescimento mais rápido veio de stablecoins menores e localizadas, como a EURC (atrelada ao euro) e a PYUSD, que tiveram aumentos médios mensais próximos de 90%.
Esse cenário reflete um amadurecimento do ecossistema cripto em todo o mundo, especialmente no que diz respeito às stablecoins. Com a recente aprovação da LEI Genius nos Estados Unidos, um novo horizonte se abre para o setor cripto, que, sem dúvida, deve ampliar sua presença ainda mais nos próximos meses.