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Brasileiro propõe mudanças em nodes da Lightning Network do Bitcoin

Uma nova atualização no código do Bitcoin promete facilitar a vida de quem roda nós completos da rede. O desenvolvedor brasileiro Davidson Souza está à frente desse esforço, sendo um dos responsáveis por três propostas de melhoria que trazem informações sobre o Utreexo.

O objetivo principal é simplificar o funcionamento dos nós do Bitcoin, permitindo que até dispositivos com recursos mais limitados, como smartphones e computadores mais simples, consigam participar da rede. Isso pode ser um grande avanço para a acessibilidade do uso do Bitcoin.

Souza contou que, ao operar um nó, é necessário armazenar todas as moedas que ainda não foram gastos, um processo chamado UTXO (Unspent Transaction Output). Cada vez que o nó recebe uma nova transação ou bloco, ele utiliza essas informações para validar as operações. Atualmente, o conjunto de UTXOs ocupa cerca de 11 GB de espaço e requer um armazenamento rápido, como SSDs modernos, para evitar lentidão no funcionamento.

Ele ainda explicou que, ao lado dos programadores Calvin Kim e Tadge Dryja — este último famoso por criar a Lightning Network —, desenvolveram uma forma nova de lidar com esse conjunto de UTXOs, conhecida como Utreexo.

Como funciona o Utreexo?

A ideia por trás do Utreexo é criar um acumulador que tem menos de 1 KB de tamanho. Esse acumulador é uma estrutura que permite provar que algo pertence a um certo conjunto. Isso significa que, ao receber uma transação, você também recebe uma prova de que os UTXOs existem.

Souza aponta que essa abordagem traz uma troca: por um lado, requer mais largura de banda de internet e processamento, mas, em contrapartida, reduz bastante a necessidade de espaço para armazenamento e diminui a latência.

As propostas foram apresentadas na lista de desenvolvedores do Bitcoin no dia 29 de julho por Calvin Kim, após anos de desenvolvimento do Utreexo junto com Davidson e Tadge. As três BIPs (Bitcoin Improvement Proposals) especificam como funciona o acumulador Utreexo, como validar blocos e transações usando essa nova abordagem, e quais são as mudanças que a rede precisaria para que os nós Utreexo consigam se comunicar efetivamente com o Bitcoin.

Essas inovações são um grande passo para tornar o Bitcoin mais acessível e prático, tornando a participação na rede um processo mais leve e menos dependente de tecnologia de ponta.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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