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BTC chega a US$ 101 mil e traders questionam possível queda

O Bitcoin está tentando se reerguer nesta quarta-feira (5), depois de ter caído abaixo da marca de US$ 100 mil. O clima no mercado de criptomoedas ainda não é dos melhores, com várias moedas digitais registrando perdas superiores a 5% hoje.

Na manhã de hoje, o Bitcoin apresentou uma leve queda de 1,8%, sendo cotado a US$ 101.874. Em reais, isso fica em torno de R$ 552.308. O Ethereum se destacou com uma queda de 5,4%, chegando a US$ 3.300. Outras criptomoedas, como o BNB e a Solana, também registraram perdas, mas em menor escala, com quedas de 0,6% e 2,2%, respectivamente. A Dogecoin teve uma redução de quase 1%, enquanto a XRP caiu 1,1%.

Os mercados financeiros globais estão enfrentando uma onda de vendas nesta semana, com os investidores mais cautelosos em relação a ativos de risco, como criptomoedas e ações.

Dessa forma, o Bitcoin deslizou para menos de US$ 100 mil, e índices como o S&P 500 e o ouro também perderam força, com quedas de 3% e 10%, respectivamente. Durante a manhã, o Bitcoin atingiu um ponto mínimo de US$ 99.110 antes de mostrar sinais de leve recuperação.

Atualmente, a capitalização total do mercado de criptomoedas diminuiu para US$ 3,44 trilhões, um marco que não se via há quatro meses. Essa situação levou a mais de US$ 2 bilhões em liquidações de ativos digitais, marcando o segundo dia seguido com grande redução na alavancagem disponível.

Dúvidas sobre a queda do Bitcoin

Diante desse cenário complicado, muitos investidores ficam se perguntando até onde o Bitcoin pode descer. Ryan Yoon, analista da Tiger Research, acredita que a moeda pode se manter acima de US$ 98.000 e mantém uma previsão otimista de longo prazo, apontando para US$ 200.000.

Tim Sun, pesquisador do HashKey Group, também comentou que essa queda reflete uma mudança significativa na dinâmica do mercado, onde a aversão ao risco está se tornando cada vez mais prevalente. Ele destaca que, enquanto outros ativos de risco enfrentam quedas, os títulos têm apresentado ganhos consideráveis.

Outra questão crucial apontada por Jiehan Chen, analista da Schroders, é a força do dólar, que pode estar entre as principais causas para as quedas generalizadas observadas. Chen e outros especialistas concordam que o fortalecimento do dólar pressiona ativos denominados em sua moeda.

Sun também notou alguns sinais de tensão nos mercados de financiamento de curto prazo, como o aumento dos spreads e a maior utilização de linhas de crédito, o que está drenando a liquidez. Juntamente com a paralisação do governo dos EUA, essa situação está levantando muitas incertezas.

Embora essa paralisação tenha gerado medo, Derek Lim, da Caladan, afirma que essa perda de liquidez está ampliando a onda de vendas atual.

Dados on-chain importam

Apesar da sensação negativa que domina o mercado, os dados on-chain oferecem uma visão mais intricada da realidade. Segundo o analista da CryptoQuant, XWIN Research, a queda do Bitcoin abaixo de US$ 100 mil foi movida principalmente pelo sentimento do mercado, com o Índice de Medo e Ganância despencando para 21.

Ainda assim, os fundamentos da rede permanecem robustos. As taxas de hash estão próximas das máximas históricas, e houve uma entrada de US$ 10,7 bilhões em stablecoins na Binance, o que pode ser um indicativo de possíveis compras futuras.

Mesmo após a queda, a análise da plataforma Santiment mostra que muitos compradores continuam interessados, aproveitando os preços mais baixos com confiança.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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