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BTC em risco de queda? Glassnode revela encruzilhada

A recente movimentação do Bitcoin (BTC) sinaliza um período decisivo no mercado. Após alcançar uma máxima histórica em agosto, o preço caiu e atualmente flutua entre US$ 110 mil e US$ 116 mil. Essa faixa de preços, conhecida como “air gap”, reflete um embate entre os vendedores de curto prazo e os investidores que acreditam na recuperação da criptomoeda.

Agora, a grande dúvida que fica é: o BTC vai subir de novo ou vai enfrentar uma correção? A análise da empresa Glassnode indica que, por enquanto, o suporte em US$ 107 mil tem atraído algumas compras de oportunidade. Contudo, a pressão de venda por parte de investidores que entraram recentemente limita essa recuperação.

Para que a alta continue, o Bitcoin precisa se consolidar acima de US$ 114 mil. Esse movimento não só devolveria a confiança aos investidores, mas também poderia atrair novos fluxos de capital institucional.

Lucros e perdas determinam se o BTC vai cair ou subir

Nos últimos dias, muitos investidores que mantiveram suas posições entre três a seis meses começaram a realizar lucros, totalizando cerca de US$ 189 milhões por dia. Esse valor representa quase 80% dos ganhos de curto prazo. Por outro lado, aqueles que compraram no recente pico estão acumulando prejuízos, somando perdas de até US$ 152 milhões diários.

Esse comportamento reverbera ciclos anteriores do mercado, trazendo uma camada extra de incerteza. Para que o cenário se torne mais otimista, é vital que novos investidores entrem no mercado e absorvam essa pressão de venda. A Glassnode ressalta que enquanto o preço se mantiver acima de US$ 108 mil, haverá um suporte razoável. Porém, uma queda abaixo desse nível poderia abrir caminho para uma nova fase de correção, possivelmente até US$ 93 mil.

ETFs perdem força

Outro fator que merece atenção vem do mercado tradicional. Os ETFs (fundos de índice) de Bitcoin à vista, que tinham impulsionado altas significativas nos últimos meses, agora mostram entradas muito mais tímidas. Atualmente, o fluxo diário gira em torno de ±500 BTC, um número bem inferior ao que víamos no começo do ano. Essa diminuição enfraquece a base institucional que antes sustentava o crescimento do Bitcoin.

Com a desaceleração dos ETFs, os contratos de derivativos estão ganhando protagonismo. O mercado de futuros, por exemplo, apresenta uma estrutura mais equilibrada e evita sinais de alavancagem excessiva que costumam trazer liquidações. Além disso, a base anualizada dos contratos de três meses continua abaixo de 10%, refletindo uma demanda estável, mas sem grandes euforias. O mercado de opções também atinge recordes em contratos abertos, sugerindo uma postura mais defensiva, com destaque para operações de calls e puts estratégicas.

Consolidação ou reversão

Atualmente, a situação do Bitcoin pode ser interpretada de duas maneiras. Pode ser uma consolidação saudável após o rali de agosto, mostrando que o ativo está reorganizando forças e se preparando para novas máximas. Por outro lado, também pode sinalizar o início de um movimento de correção mais prolongado, resultado da moagem de liquidez e da realização de lucros.

Gráficos da Glassnode ressaltam esse dilema; recuperar os US$ 114 mil traria alívio e motivaria os compradores recentes, enquanto perder o suporte de US$ 108 mil poderia provocar uma nova onda de vendas, fazendo o preço se aproximar dos US$ 93 mil, onde existe uma grande concentração de oferta.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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