BTC pode chegar a US$ 100 mil?
O Bitcoin (BTC) tem enfrentado uma pressão significativa de venda ultimamente, e isso pode levar seu preço a cair para US$ 100 mil. Nos últimos 30 dias, investidores com posições a longo prazo, conhecidos como LTHs, venderam mais de 241 mil BTC. Esse movimento, junto com as vendas feitas pelas chamadas baleias, levanta um alerta entre os analistas, que já projetam a possibilidade de uma queda até os US$ 95 mil.
Os LTHs costumam ser os mais firmes em resistir a flutuações de preço. No entanto, após o Bitcoin atingir novos máximos históricos de US$ 124.500 em agosto, esse grupo começou a vender de forma intensa. Essa retirada de moedas de suas carteiras foi uma das maiores já registradas desde o início de 2025.
Esse cenário de venda de 241 mil BTC representa uma pressão muito grande no mercado. Os especialistas da CryptoQuant afirmam que a magnitude desse movimento certamente não passa despercebida. Para complicar ainda mais, as baleias, que possuem grandes quantidades de Bitcoin, também despejaram cerca de 115 mil BTC nesse mesmo período, aumentando ainda mais a pressão de baixa.
BTC pode cair para US$ 100 mil?
Enquanto a oferta de Bitcoin cresce, a demanda institucional está mostrando sinais de lentidão. Empresas que mantêm Bitcoin como parte de suas reservas financeiras chegaram a ter cerca de 1 milhão de BTC, mas o ritmo de crescimento desacelerou. Por exemplo, a Strategy, uma das principais compradoras corporativas, reduz suas aquisições de 134 mil BTC em novembro de 2024 para apenas 3.700 BTC em agosto de 2025.
Outras companhias compraram apenas 14.800 BTC, bem abaixo da média anual. Essa diminuição nas aquisições diárias de Bitcoin sugere que muitas instituições podem estar se sentindo “exaustas” diante da volatilidade e dos preços altos.
Pressão técnica aponta para queda
O cenário gráfico também não é nada otimista. O Bitcoin viu uma queda de 14% desde sua máxima histórica, que foi de US$ 107.500 em 30 de agosto, antes de conseguir se recuperar para a casa de US$ 111.500. Essa queda formou um padrão conhecido como bandeira de baixa nos gráficos.
Analistas destacam que, se o nível de US$ 112.000, que está alinhado com a média móvel de 100 dias, não se tornar um suporte sólido, é possível que o preço despenque até US$ 95.500, uma queda adicional de 14,5% em relação ao valor atual. Alguns especialistas, mais conservadores, já consideram a possibilidade de o Bitcoin cair abaixo de US$ 90 mil. Uma correção de 30% a partir do topo poderia levar o preço a US$ 87 mil, um suporte natural, mas ainda assim doloroso para muitos investidores.
Além disso, alguns analistas mais otimistas observam que a atual retração de 13% é menor do que correções anteriores. Isso pode indicar a chance de novas altas após essa fase de ajuste.
Tesourarias enfrentam compressão de prêmios
Outro ponto a ficar de olho é a pressão do mercado acionário. O NYDIG informou que os prêmios das empresas que adquirem Bitcoin estão diminuindo. Um exemplo claro é a Strategy, cuja valorização das ações está se aproximando do valor líquido dos ativos.
Greg Cipolaro, chefe de pesquisa do NYDIG, menciona que essa compressão reflete a ansiedade dos investidores, além de receios sobre desbloqueios futuros e mudanças nas estratégias da empresa. Essa queda na atratividade pode desencadear uma onda de vendas quando novas ações forem liberadas.
Para tentar enfrentar essa situação, alguns analistas sugerem que empresas de tesouraria façam programas de recompra de ações para ajudar a sustentar os preços. No entanto, essa aplicação nem sempre é viável, principalmente para empresas menores, o que pode adicionar ainda mais pressão vendedora ao mercado.
O setor das criptomoedas tem suas peculiaridades e, enquanto alguns se preocupam, outros veem como uma oportunidade para o futuro.