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Buterin propõe o fim de recurso na nova Ethereum

Uma nova ideia está agitando o universo do Ethereum, tudo por conta de Vitalik Buterin. Ele propôs o fim da modular exponentiation precompile, um recurso que, segundo ele, está travando o avanço das provas de conhecimento zero (zero-knowledge proofs) e atrapalhando a escalabilidade de projetos acessíveis na camada 2 da rede. Em uma postagem, Vitalik explicou que a modexp está criando gargalos de verificação até 50 vezes piores do que o normal ao gerar provas criptográficas.

A proposta surge num momento crucial, onde o Ethereum busca fortalecer sua infraestrutura voltada para a privacidade. Há uma clara necessidade de resolver obstáculos técnicos que dificultam a adoção da Ethereum Virtual Machine com conhecimento zero (zkEVM). Vitalik assumiu a responsabilidade por esse recurso problemático, comentando ser “um motivo de vergonha”. Ele sugeriu que uma solução mais eficiente seria substituí-lo por código equivalentes que, embora possam aumentar os custos, reduzirão a complexidade das provas.

Desafios com a Modernização do Ethereum

Os sistemas de conhecimento zero são fundamentais, pois eles validam cálculos do Ethereum fora da blockchain, permitindo processar transações mais rapidamente sem comprometer a segurança. No entanto, o uso de modexp tem sido um verdadeiro desafio para o componente responsável pela geração dessas provas. Sua complexidade excessiva pode acarretar grandes atrasos e comprometer soluções que ajudam a tornar o Ethereum ainda mais eficiente e rápido.

Vitalik explicou que em vez de otimizar um recurso que afeta uma minoria dos usuários, o ideal seria trocar a modexp por um código padrão EVM, que mantivesse a mesma funcionalidade, mas com um custo um pouco mais elevado. Aplicativos que realmente necessitam de operações de modexp poderiam, no entanto, usar SNARKs, uma alternativa que oferece melhor eficiência.

Iniciativas para Privacidade e Conformidade

Recentemente, a Ethereum Foundation lançou o programa “Ethereum for Institutions”, destinado a facilitar a adoção do blockchain por empresas e instituições financeiras de maneira segura e que respeite as regulamentações. Utilizando tecnologias como provas de conhecimento zero, essa iniciativa busca criar aplicações seguras e auditáveis em redes públicas.

Projetos como Chainlink e Zama estão na vanguarda, desenvolvendo contratos inteligentes que preservam a privacidade, assegurando que dados sensíveis permaneçam sigilosos, sem comprometer a transparência. A Ethereum se destaca nos setores de ativos do mundo real e stablecoins, com uma significativa parte desses mercados já operando em sua infraestrutura.

Um Olhar em Direção ao Futuro

Outro movimento notável foi a criação do Privacy Cluster, que reúne 47 membros com o objetivo de ampliar o trabalho em áreas críticas como privacidade e escalabilidade. O foco agora é encontrar soluções práticas que garantam a segurança e a conformidade necessárias num ambiente altamente digitalizado.

Vitalik também apresentou o GKR, uma técnica que permite validar cálculos com uma eficiência impressionante, processando 2 milhões de cálculos por segundo em equipamentos comuns. Essa inovação promete acelerar verificações, reduzir custos e aumentar a privacidade em toda a rede Ethereum.

Em resumo, tudo isso ilustra um momento emocionante e desafiador para o Ethereum, com novas propostas e soluções surgindo para garantir que a plataforma continue a evoluir e atender às necessidades dos usuários e das instituições.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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