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Cango eleva produção de Bitcoin e adiciona 650 BTC em julho

Três meses após vender sua unidade de financiamento de automóveis, a Cango, um conglomerado chinês, está dando um salto na mineração de Bitcoin. A empresa, que decidiu focar nesse novo segmento, agora está ampliando sua produção de criptomoedas. A aquisição de máquinas da Bitmain parece estar surtindo efeito, especialmente em um cenário onde a concorrência no setor só aumenta.

Segundo dados da Farside Investors, a produção da Cango alcançou 650,5 Bitcoins em julho, um aumento notável se comparado aos 450 BTC de junho. A Farside também mencionou que adicionou a Cango ao seu painel de mineradoras, enquanto a Hut 8 foi retirada por não apresentar divulgação mensal da produção.

No total, a Cango já minerou 954,5 BTC nos meses de abril e maio, logo após sua transição para a mineração de Bitcoin. Isso coloca a empresa em uma posição confortável, com 4.529,7 BTC em seu portfólio, avaliados em cerca de US$ 512 milhões. Com isso, a Cango se torna uma das 20 maiores detentoras de Bitcoin entre as empresas de capital aberto, se aproximando nomes conhecidos como GameStop e ProCap BTC.

Esse aumento significativo na produção se deve à compra de equipamentos de mineração da Bitmain, que custaram US$ 256 milhões e garantiram uma taxa de hash de 32 exahashes por segundo (EH/s). Esse investimento faz parte de uma estratégia maior, de US$ 400 milhões, que marca a transição oficial da Cango do financiamento automotivo para a mineração de Bitcoin.

A mudança é um reflexo da estratégia da empresa de diversificar seus investimentos, visando aproveitar o crescimento do mercado de ativos digitais. A Cango também tem se apoiado em sua infraestrutura existente e na experiência em gestão de ativos digitais para dar esse passo.

Mudança da Cango coloca a China em destaque no setor de criptomoedas

Apesar das oscilações no preço de suas ações e no desempenho geral deste ano, as ações da Cango tiveram uma alta de 158% nos últimos 12 meses. Essa ascensão começou no outono passado, com o anúncio de sua nova abordagem na mineração de Bitcoin.

Antes dessa mudança, a Cango era conhecida como uma plataforma de financiamento automotivo, facilitando empréstimos e exportações de veículos na China. A empresa se tornou pública em 2018.

É interessante notar que a Cango continua baseada na China, um país que tem uma relação complicada com as criptomoedas. A mineração de Bitcoin foi efetivamente banida no país em meados de 2021. Essa decisão fez com que muitas mineradoras buscassem refúgio em países vizinhos, como o Cazaquistão, ou até mesmo na América do Norte, como uma forma estratégica de realocar suas operações.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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