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Casos de uso de ETH são apresentados por empresas de tesouraria

As tesourarias que investem em Ether e as empresas de participações estão mudando a forma como o Ethereum é visto pelos investidores. Segundo Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise, esse novo modelo de investimento está atraindo capital e ajudando a popularizar o ativo digital.

De acordo com Hougan, o Ethereum enfrentou dificuldades para mostrar claro valor para investidores tradicionais. Até que o seu token, o Ether (ETH), foi apresentado de maneira mais familiar, quase como um “invólucro de ações”. Ele explica: “Nos últimos anos, o ETH teve um desafio em termos de avaliação. Wall Street não sabia exatamente por que ele tinha valor. Seria uma reserva de valor? Um mecanismo de queima? Ou talvez o rendimento do staking?”.

A mágica acontece quando, por exemplo, uma empresa investe US$ 1 bilhão em ETH e decide fazer staking. Assim, passa a gerar lucros e se torna mais palatável para investidores acostumados a ver empresas que têm lucro.

A crescente curiosidade das instituições sobre o Ethereum confirma uma mudança com o passar do tempo. O blockchain, que começou como uma tecnologia de nicho, agora é visto como um ativo importante apenas 10 anos após seu lançamento.

Riscos do modelo de tesouraria em ETH

Mas nem tudo são flores nessa nova abordagem. Hougan alerta que as empresas que acumulam ETH por meio de venda de ações ou títulos precisam ser cuidadosas com sua dívida e gastos. Um controle preciso é fundamental para evitar o que ele chama de excesso de alavancagem, que pode levar até a falências.

Outra dica valiosa é que as empresas que usam o ETH como proteção contra a inflação devem ter um horizonte de investimento a longo prazo. A volatilidade do mercado de criptomoedas pode “aniquilar” aqueles que têm planos mais curtos.

Um aspecto importante a considerar é o risco de base, que é o risco de ter ativos e passivos em diferentes moedas. Isso pode ser uma dor de cabeça, já que quedas repentinas no mercado cripto podem dificultar o pagamento das contas da empresa.

Por outro lado, Hougan lembra que a possibilidade de uma “liquidação catastrófica” — onde uma empresa é forçada a vender todos os seus criptoativos para quitar dívidas — é baixa, devido ao espaçamento das obrigações financeiras. Ele esclarece que, mesmo em um cenário ruim, o que realmente deve ocorrer seria uma liquidação lenta e parcial, e não uma crise total.

The future do Ethereum parece promissor, mas com muitos desafios. O importante é que as empresas estejam atentas e preparados para navegar nesse novo mar de oportunidades.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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