Ceará discute uso ilícito de criptomoedas em encontro sobre crimes cibernéticos
O Ceará foi o cenário do 1º Encontro Nacional sobre Crimes Cibernéticos e Fraudes Digitais, que rolou até a última sexta-feira. O evento reuniu profissionais das forças de segurança, do setor financeiro e grandes nomes da tecnologia para discutir formas de combater os delitos no mundo virtual.
A abertura aconteceu na manhã da quinta-feira, no auditório do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), em Fortaleza. Uma parceria entre a Polícia Civil do Estado do Ceará e a Secretaria Nacional de Segurança Pública possibilitou esse encontro. O delegado-geral da PCCE, Márcio Gutiérrez, também presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, marcou presença e assinou a adesão do estado à Rede Nacional de Enfrentamento aos Crimes Cibernéticos, a Rede Ciber, que foi criada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em junho de 2025.
Gutiérrez ressaltou que essa adesão é um passo importante para fortalecer a colaboração entre as forças de segurança no combate aos crimes na internet. Ele foi claro ao comentar que “o crime organizado não está mais restrito ao mundo físico e a Rede Ciber ajudará a unir as polícias nesse esforço. Isso facilitará a troca de informações e o desenvolvimento conjunto de novas estratégias e operações”.
Filipe Ferreira, do Ministério da Justiça, explicou que o encontro destaca a relevância da adesão do Ceará à Rede Ciber. Essa rede tem como objetivo integrar laboratórios de operações cibernéticas das polícias civis com a ajuda do Ministério da Justiça. Ferreira mencionou que muitos crimes migraram para o ambiente virtual, especialmente após a pandemia, e a participação do Ceará promete trazer benefícios, como a troca de metodologias e equipamentos, além de potencializar o laboratório cibernético já existente na Polícia Civil do estado.
O evento finalizou com debates sobre temas como lavagem de dinheiro, uso de criptomoedas em atividades ilícitas, fraudes em transações digitais e a importância da colaboração entre instituições públicas e privadas para enfrentar o crime organizado no ambiente virtual. Essa troca de ideias é fundamental para encontrarmos soluções mais eficazes e inovadoras no cenário atual.





