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CFTC designa novos líderes para subcomitê de ativos digitais

A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos, conhecida como CFTC, acaba de trazer novidades para seu Comitê Consultivo de Mercados Globais. E adivinha? Vários líderes do setor de criptomoedas foram nomeados para o Subcomitê de Mercados de Ativos Digitais, o famoso DAMS. Essa movimentação reforça o quanto a CFTC está se envolvendo com o mercado digital.

Caroline D. Pham, que ocupa o cargo de presidente em exercício da CFTC, selecionou quatro novas figuras para o DAMS: Katherine Minarik, que é diretora jurídica da Uniswap Labs; Avery Ching, cofundador e diretor de tecnologia da Aptos Labs; James J. Hill, executivo de inovação estrutural do BNY; e Ben Sherwin, conselheiro geral da Chainlink Labs.

E não para por aí! Scott Lucas, à frente da divisão de ativos digitais do JPMorgan, foi nomeado copresidente do DAMS, ao lado de Sandy Kaul, vice-presidente executiva da Franklin Templeton. Eles vêm para substituir Caroline Butler, que ocupava a função anteriormente. Lucas comentou que está animado para colaborar com a Comissão e outras partes interessadas do setor, buscando construir marcos regulatórios eficientes para um mercado bem estruturado de ativos digitais.

A Kaul também deixou claro que o objetivo é promover a inovação em ativos digitais, sempre pensando em proteger o consumidor e oferecer mais oportunidades de investimento.

O Papel do DAMS

O DAMS foi criado para dar à CFTC orientações especiais sobre criptoativos, blockchain e mercados tokenizados. O subcomitê tem a responsabilidade de aconselhar a CFTC sobre os riscos e as oportunidades desse universo, além de desenvolver recomendações de políticas que ajudem a integrar as finanças tradicionais e descentralizadas.

Caroline Pham assumiu a posição de presidente interina da CFTC em janeiro, no mesmo dia em que o presidente Donald Trump tomou posse. Ela já atuava como comissária desde abril de 2022, e seu mandato vai até abril de 2027. Isso significa que ela ficará encarregada do cargo até que um novo presidente seja nomeado.

Avanços em Wall Street

Essas novas nomeações destacam a crescente conexão entre as finanças tradicionais e as inovadoras. Grandes empresas de Wall Street estão vendo oportunidades no uso de stablecoins, tokenização de ativos e infraestrutura de liquidação. Por exemplo, o BNY Mellon tem investido bastante em fundos do mercado monetário tokenizados em parceria com o Goldman Sachs. Isso permite que seus clientes acessem produtos com propriedade registrada na blockchain do Goldman.

O JPMorgan também não fica para trás. A empresa está explorando soluções que utilizam stablecoins e empréstimos lastreados em criptomoedas. No entanto, surgiram relatos de que algumas declarações do CEO Jamie Dimon a respeito do Bitcoin podem ter prejudicado a relação do banco com determinados clientes.

A boa notícia é que a regulamentação está se tornando mais amena. O presidente Trump sancionou a Lei GENIUS, e a Câmara dos Deputados já aprovou projetos de lei relacionados à estrutura de mercado e restrições sobre moedas digitais de bancos centrais, que agora estão na fila para o Senado.

A CFTC e a Casa Branca

Enquanto isso, a CFTC se aproxima da agenda amigável às criptomoedas promovida pela Casa Branca. Caroline Pham lançou um projeto chamado “Crypto Sprint” para aplicar as sugestões do Grupo de Trabalho do Presidente sobre Mercados de Ativos Digitais. Um dos principais objetivos é delimitar como a jurisdição dos ativos digitais será dividida entre a CFTC e a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC.

Essas movimentações mostram que a dinâmica entre regulamentação e inovação no mundo das criptomoedas está evoluindo rapidamente, e todos os olhos estão atentos a como isso se desenrolará no futuro.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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