Chainlink e UBS se unem à DigiFT para piloto de RWA em Hong Kong
A parceria entre a Chainlink, conhecida por seus oráculos de blockchain, e o UBS, que administra impressionantes US$ 5,9 trilhões em ativos, está trazendo novidades interessantes para o cenário dos ativos tokenizados. Eles se juntaram à DigiFT para desenvolver um estudo piloto que visa automatizar a tokenização de ativos do mundo real. Essa iniciativa promete reduzir erros manuais, uma vantagem e tanto para o setor.
Se esse projeto tiver sucesso, ele pode transformar o mercado de tokenização em Hong Kong, uma região administrativa com suas particularidades, mas ainda sob o olhar atento da China. As três empresas querem criar uma infraestrutura segura e regulamentada, que simplifique a distribuição e a gestão de produtos financeiros tokenizados.
O projeto faz parte do Cyberport Blockchain & Digital Asset Pilot Subsidy Scheme de Hong Kong, que atua como um ambiente de testes para novas soluções de cripto. Esse “sandbox” busca inovações que possam ser adotadas mais amplamente no futuro.
No funcionamento do projeto, os investidores enviam pedidos de subscrição ou resgate dos produtos tokenizados do UBS usando contratos inteligentes da DigiFT. Esses pedidos são processados pelo Digital Transfer Agent da Chainlink, que garante que tudo seja registrado de forma eficiente na blockchain. Assim que processadas, as ordens ativam eventos como a emissão ou o resgate dos produtos tokenizados, seguindo padrões desenvolvidos na Suíça para uniformizar a emissão de títulos digitais.
Outras ideias em teste no Cyberport incluem identidade digital, pagamentos e stablecoins, além de explorar a blockchain para fins sociais e experiências digitais. Isso é um passo importante para a região, já que, ao contrário da China continental, Hong Kong tem um ambiente regulatório que oferece mais clareza sobre ativos digitais, sem deixar de estar atenta às regras da China.
A DigiFT, que é uma exchange focada em ativos tokenizados, está ajudando a garantir que a tecnologia utilizada esteja em conformidade com as exigências das instituições financeiras locais. Isso é crucial, pois uma má gestão pode resultar em erros de rastreamento, prejudicando a relação entre o fundo e o ativo subjacente.
Na onda de automação, a tokenização de ativos do mundo real está crescendo. O serviço promete aumentar a eficiência, reduzindo custos que podem beneficiar tanto os operadores quanto os investidores.
Tokenização de RWA em alta em 2025
Nos últimos tempos, a tokenização de ativos do mundo real ganhou um impulso significativo, especialmente em 2025. Isso se deu com a entrada de mais instituições no universo cripto e o crescente interesse das exchanges por áreas das finanças tradicionais. Até o final de agosto, os fundos institucionais alternativos tokenizados tiveram um crescimento impressionante de 47%, alcançando US$ 1,74 bilhão. E o mercado de tokenização de RWA também mostra sinais de alta.
Conforme dados do CoinGecko, a capitalização de mercado das moedas relacionadas a ativos do mundo real, que abarcam protocolos diversos, atingiu a marca de US$ 66 bilhões nos últimos dias, o que representa um aumento de 1,8% em 24 horas. Diversas instituições de finanças tradicionais, como a BlackRock e a Franklin Templeton, estão se aventurando em fundos lastreados em títulos do Tesouro dos EUA, enquanto exchanges como a Kraken e a Bybit estão explorando as ações tokenizadas.