Ciclo do BTC se aproxima do fim, nova máxima pode surgir em breve
O mercado de Bitcoin tem se mostrado inquieto, e algumas tendências estão começando a se desenhar. De acordo com análises recentes da Glassnode, as métricas de realização de lucros do Bitcoin indicam que estamos na fase final de um ciclo de alta. Parece que a dança dos números começa a se repetir, com algumas semelhanças com ciclos anteriores entre 2015 e 2022.
Os dados mostram que os fluxos de capital para o Bitcoin diminuíram. É bem interessante ver que, desde que o BTC atingiu os US$ 124.000, a realização de lucros tem atingido níveis altos. Contudo, há quem acredite que uma nova máxima histórica pode surgir em um espaço de dois a três meses. Além disso, novos investidores e aqueles que mantêm suas moedas por pouco tempo estão comprando, o que está ajudando a equilibrar a pressão de venda.
Para entender melhor o que está rolando, é importante notar que a oferta circulante do Bitcoin ficou, pasme, 273 dias consecutivos acima da média de lucro, o que só não é superado pela sequência do ciclo de 2015 a 2018. Os investidores de longo prazo realizaram mais lucros do que em qualquer outro ciclo passado, o que significa uma pressão de venda maior. A Glassnode reforça que esse cenário é similar ao que se viu em ciclos passados, onde as condições atuais frequentemente precederam novas máximas em poucos meses.
Entretanto, o Bitcoin recuou quase 9% desde seu recorde em US$ 124.000, e a mudança no fluxo de capital acompanhou essa queda. O crescimento do valor realizado do BTC tem oscilado em torno de 6% ao mês, bem abaixo do que foi observado no final de 2024, quando o valor superou a marca de US$ 100.000. Até os volumes de realização de lucros começaram a cair, já que a última tentativa de atingir uma nova máxima histórica teve números bastante abaixo do que foi visto em altas anteriores.
Demanda pelo Bitcoin é evidente, mas novas máximas ainda não vieram
Apesar dessa pressão toda, as análises da CryptoQuant apontam para uma demanda crescente por Bitcoin. Por exemplo, as carteiras mais novas, que têm menos de um mês, começaram a mostrar sinais positivos, com um aumento de 73.702 BTC em setembro. Os detentores de curto prazo, ou STHs, também estão em uma fase de compra agressiva, acumulando 159.098 BTC. Este novo capital tem absorvido moedas que foram distribuídas pelos investidores de longo prazo, algo típico em mercados em alta.
No entanto, é bom ficar atento. Dados da Santiment mostram que, embora o sentimento esteja um pouco negativo desde que o Bitcoin caiu abaixo dos US$ 114.000, não há indícios de que tenhamos chegado a um ponto de capitulação. Os traders de varejo tendem a entrar em ação para “comprar na queda”, mas isso, historicamente, pode sinalizar mais quedas antes de qualquer recuperação. As posições vendidas ainda estão longe do que seria necessário para provocar um grande movimento de reposição.
Por outro lado, as baleias, ou investidores que possuem grandes quantidades de BTC, continuam comprando. Desde o final de agosto, as carteiras com 10 a 10.000 BTC adicionaram mais de 56.000 moedas ao seu estoque. E a quantidade de Bitcoin nas exchanges caiu em mais de 31.000 BTC no último mês, o que pode ajudar a suavizar a pressão de venda a curto prazo.