Citi analisa potencial das stablecoins de US$ 4 trilhões até 2030
O Citigroup, um dos gigantes do sistema bancário mundial, está com previsões bastante ousadas para o futuro das stablecoins. O banco acredita que esse mercado pode alcançar impressionantes US$ 4 trilhões até 2030. Para se ter uma ideia, atualmente, o valor das stablecoins é de US$ 282 bilhões. Portanto, isso representaria um crescimento de 14 vezes em apenas alguns anos!
Esse otimismo surge, em parte, pela crescente procura por formas de dolarização em países que enfrentam crises econômicas e têm moedas mais frágeis. Além disso, a entrada de bancos no setor pode ser um fator importante para impulsionar esse crescimento.
Citi aposta em crescimento das stablecoins
Recentemente, o Citi já havia feito previsões encorajadoras para o Bitcoin e o Ethereum, sugerindo que esses ativos poderiam atingir os preços de US$ 181.000 e US$ 5.400, respectivamente, até 2026. No seu relatório mais recente, o banco explorou mais a fundo a questão das stablecoins.
Para eles, as stablecoins podem ser o que chamam de “momento ChatGPT” para o blockchain, sinalizando uma aceitação mais ampla por parte das instituições financeiras. “Atualizamos nossas previsões para volumes de emissão de stablecoins para US$ 1,9 trilhão em nosso cenário base e US$ 4,0 trilhões em nosso cenário otimista”, afirmaram no relatório.
Os números se explicam da seguinte forma: as stablecoins, como o USDT e o USDC, devem aumentar de US$ 282 bilhões para cerca de US$ 1,1 trilhão. Outras US$ 1,3 trilhão podem vir de ativos líquidos que têm potencial para serem convertidos em stablecoins, seja elas atreladas ao dólar ou a outras moedas.
Por fim, estima-se que quase US$ 1,6 trilhão derive da digitalização de dólares que estão fora do país ou até mesmo nos Estados Unidos, além de outras operações bancárias. Todos esses aspectos são considerados chave para o crescimento esperado nos próximos anos.
A movimentação dos bancos no setor
Na semana passada, o Citi se juntou a outros bancos importantes, como o Santander e o Bank of America, para lançar stablecoins ligadas a várias moedas do G7, incluindo o dólar americano e o euro. Essa movimentação deve trazer ainda mais credibilidade e adesão ao uso dessas moedas digitais.
Como lucrar com o mercado de stablecoins?
Por definição, as stablecoins são criptomoedas que têm seu valor atrelado a uma moeda mais estável, geralmente o dólar. Isso significa que elas não deverão apresentar grandes oscilações de valorização, embora possam ser vantajosas se comparadas com moedas locais mais instáveis.
O lastro dessas moedas pode não estar somente em dólares, mas em uma variedade de investimentos. Muitas vezes, os emissores optam por títulos do Tesouro americano, que são considerados de baixo risco.
Para aproveitar o possível crescimento do mercado de stablecoins, uma alternativa é investir nas empresas que estão por trás dessas moedas. Atualmente, apenas a Circle tem suas ações negociadas na bolsa. Contudo, bancos que planejam criar suas próprias stablecoins também são uma boa opção.
Outra ideia é se expor às redes que possibilitam a transação dessas moedas, como Ethereum e Tron. Alguns projetos, como o Ethena, oferecem rendimento aos detentores de seus tokens, criando novas formas de investimento.
Como em qualquer estratégia de investimento, é fundamental avaliar os riscos envolvidos e escolher a opção que melhor se encaixe no seu perfil.