Notícias

Coinbase aprimora segurança após ameaças de trabalhadores remotos

A Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, está enfrentando desafios recentes com uma onda de hackers da Coreia do Norte que estão tentando conseguir empregos remotos na empresa. Essa situação trouxe um novo foco para a segurança digital e a proteção de dados dentro da plataforma.

Os hackers estão interessados nas políticas de trabalho remoto da Coinbase, buscando oportunidades para acessar sistemas sensíveis. Para lidar com essa ameaça, o CEO da empresa, Brian Armstrong, anunciou que algumas mudanças nas políticas de segurança estão em andamento. Agora, todos os funcionários precisarão passar por treinamento presencial nos Estados Unidos. Além disso, quem tiver acesso a dados críticos precisará ser cidadão americano e também passar pela coleta de impressões digitais.

Em um episódio do podcast Cheeky Pint, Armstrong destacou que o regime da Coreia do Norte está bastante motivado a roubar criptomoedas. Segundo ele, cerca de “500 novos profissionais” são formados a cada trimestre em escolas voltadas para essa atividade. Ele também mencionou que muitos desses indivíduos atuam sob coação, com suas famílias sob ameaça caso não colaborem.

Esse alerta de Armstrong surge em um contexto de atividade cibernética crescente por parte de agentes norte-coreanos. Recentemente, foram relatados casos em que quatro hackers se infiltraram como freelancers em diversas startups de cripto, conseguindo roubar cerca de US$ 900.000.

Vazamento de dados da Coinbase pode colocar usuários em risco físico

As novas medidas de segurança na Coinbase foram anunciadas poucos meses após a exchange reconhecer que menos de 1% de seus usuários mensais ativos foi impactado por um vazamento de dados. Esse incidente pode resultar em custos de reembolso de até US$ 400 milhões. Mas a preocupação vai além dos números; o “custo humano” do vazamento pode ser muito maior, conforme destacou Michael Arrington, fundador da TechCrunch. O vazamento expôs não apenas detalhes financeiros, mas também endereços residenciais, o que pode levar a ataques físicos aos usuários.

De acordo com um relatório da Mailsuite, a Coinbase não apenas teve vazamentos, mas também foi uma das marcas mais imitas por criminosos em ataques de phishing nos últimos quatro anos. Foram registrados 416 golpes fraudulentos usando o nome da empresa. Isso ressalta a necessidade de cada vez mais cuidado ao navegar nesse universo das criptomoedas.

Enquanto isso, outras marcas também enfrentam problemas semelhantes. A Meta, controladora do Facebook, foi imitada em mais de 10.000 incidentes, e a Receita Federal dos EUA, o IRS, apareceu em quase 10.000 golpes. A situação chama a atenção para a crescente preocupação com a segurança no espaço digital, onde a proteção dos dados e a vigilância constante se tornam essenciais para manter a integridade e a segurança dos usuários.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo