Coinext antecipa próximo rali do Bitcoin
O cenário do Bitcoin aponta para um novo ciclo de alta, e a sensação é de que algo grande está prestes a acontecer. A equipe da Coinext, uma corretora respeitada, observa que, após um período de incerteza, sinais de recuperação estão aparecendo. A confiança no mercado está se fortalecendo, especialmente em um contexto global onde a liquidez está alta e se espera um corte de juros nos Estados Unidos.
José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, compartilhou sua visão em uma entrevista. Ele acredita que estamos em um momento crucial. “As apostas do mercado são claras e os dados convergem: um corte de juros vai acontecer, e o mercado de criptomoedas está próximo do gatilho que poderá acionar novas altas”, disse ele. Além disso, mencionou que o S&P500, o índice das 500 maiores empresas dos EUA, está na sua sétima semana de crescimento, com cinco novas máximas históricas.
Ribeiro também destacou que a movimentação de capital para ETFs de Bitcoin superou os US$ 2,8 bilhões só em setembro. Isso representa um crescimento de cerca de 5% na capitalização de mercado e indica a entrada de grandes investidores institucionais. “Mesmo que não haja um rompimento imediato após o possível corte de juros pelo FED, os fluxos em ETFs e a liquidez global mantêm o Bitcoin bem posicionado para avanços nas próximas semanas. Um novo rali está prestes a começar e a superação da resistência em US$ 117,5 mil pode abrir espaço para uma nova máxima”, completou.
Essa análise é apoiada por outras empresas do setor. Um relatório da Bitfinex mostrou que o Bitcoin fechou a última semana com um crescimento de 4,2%, após uma sequência de três quedas. Essa recuperação se sustentou em torno de US$ 107,5 mil, consolidando-se próximo aos US$ 112,5 mil, o que abre possibilidades de ganhos mais expressivos no quarto trimestre.
De acordo com os especialistas, os dados on-chain indicam um forte interesse de compra na faixa de US$ 108 mil, enquanto a região entre US$ 110 mil e US$ 116 mil concentra grande parte da oferta recente. Para que uma recuperação mais robusta aconteça, é essencial que o preço rompa a barreira dos US$ 116 mil com firmeza.
Macroeconomia cria gatilho para cripto
O cenário econômico global também reforça essa expectativa. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA registrou uma alta significativa em agosto, impulsionada por custos com habitação, alimentação e energia. Simultaneamente, os pedidos de seguro-desemprego atingiram os níveis mais altos desde 2021, sinalizando um mercado de trabalho mais delicado.
Esses fatores pressionam o Federal Reserve a considerar um corte de juros mais cedo, o que pode liberar ainda mais liquidez para investimentos em ativos de risco, como o Bitcoin. A confiança do consumidor caiu para o menor patamar desde maio, mas os gastos permanecem sólidos, sustentados por crédito e retiradas de poupanças.
Essa situação chamou a atenção até de empresas listadas em bolsa. A Méliuz, por exemplo, anunciou que irá usar derivativos para rentabilizar suas reservas de Bitcoin. Will Hernandez, da Bitfinex, ressaltou que essa iniciativa é um marco no mercado corporativo da América Latina. Segundo ele, isso mostra que as empresas estão reconhecendo o Bitcoin como uma alternativa válida de planejamento financeiro a longo prazo.
Um ciclo maduro, mas com espaço para novas altas
A perspectiva sobre o ciclo do Bitcoin também traz uma mensagem positiva. Axel Adler Jr., um analista independente, lembrou que já se passaram 504 dias desde o último halving – um evento que ocorre a cada quatro anos e que reduz a recompensa por minerar novos blocos, afetando a oferta do Bitcoin. Ele afirmou que o mercado está em uma fase madura de alta.
Em março, quando o Bitcoin estava a US$ 70 mil, houve uma alta nos Value Days Destroyed (VDD), e depois ocorreram ondas de distribuição mais moderadas. Isso sugere uma redistribuição saudável absorvida por uma demanda institucional crescente. Adler apontou que o sinal clássico de fim de ciclo só deve surgira quando o preço estiver aproximadamente 11 vezes acima da base de custo dos investidores de longo prazo. “A janela mais provável para isso se abrirá entre outubro e novembro de 2025”, completou.
Enquanto isso, a expectativa é de que o Bitcoin permaneça firme em busca de novas máximas, sustentado pela liquidez, pela demanda institucional e pela crescente adesão das empresas ao ativo digital. A combinação desses fatores contribui para um ambiente propício a uma nova onda de valorização.