Dados indicam que US$ 100.000 é meta de traders de Bitcoin.
Após superar a marca de US$ 100.000 no dia 8 de maio, o preço do Bitcoin (BTC) se manteve acima desse patamar considerado psicológico. O ativo chegou a registrar uma leve queda para US$ 98.300 em 22 de junho, mas logo voltou a oscillar próximo das novas máximas, ultrapassando a casa dos US$ 111.800. Esse movimento sugere um cenário de expectativas positivas para o futuro do Bitcoin.
Olhando para o comportamento do mercado, uma métrica interessante é a proporção mensal de saídas e entradas de Bitcoin, que atualmente está em 0,9. Isso indica que, nos últimos meses, as saídas de Bitcoin das exchanges superaram as entradas, algo que não se via desde o final do mercado em baixa, em 2022. Esse tipo de movimento geralmente reflete uma maior confiança de longo alcance por parte dos investidores, que estão acumulando suas criptomoedas em vez de vendê-las.
Esse fenômeno é reforçado por dados que mostram um aumento na atividade de holders de longo prazo. Essa dinâmica pode ser um sinal de que os preços estão se estabilizando e que os grandes investidores estão se posicionando para um possível movimento ascendente no futuro.
Bitcoin absorve pressão vendedora de traders
Mesmo com a pressão de venda registrada nos derivativos da Binance nos últimos 45 dias, o Bitcoin continua operando em uma faixa entre US$ 100.000 e US$ 110.000. Dados recentes apontam para um Delta de Volume Acumulado (CVD) negativo, o que significa que houve uma pressão contínua de venda. No entanto, o fato de o preço não ter caído ainda mais sugere que essa pressão está sendo absorvida, o que pode indicar acúmulo de ativos.
Uma informação relevante é a movimentação de mais de 19.400 BTC (cerca de US$ 2,11 bilhões) que foram transferidos de carteiras dormentes para endereços institucionais. Muitas dessas moedas estavam guardadas há entre três e sete anos, o que leva a crer que se trata de um movimento estratégico por parte de instituições visando um posicionamento de longo prazo.
Essas transferências, normalmente, não acontecem por impulso e são um indicativo de que grandes entidades podem estar se aproveitando do preço estabilizado, mesmo diante de pressões de curto prazo. O cenário, portanto, mostra que o Bitcoin pode estar formando um fundo sólido próximo dos US$ 100.000, levando em conta a demanda persistente, que pode ser especialmente institucional.
O que se observa até agora é que a volatilidade pode continuar a fazer parte do dia a dia do mercado, mas a situação atual também sugere que uma correção acentuada abaixo de US$ 100.000 se torna menos provável.