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Derivativos de bitcoin podem demorar a se recuperar após queda

Pode levar dois trimestres para que o mercado de derivativos de Bitcoin se recupere do grande colapso que aconteceu no dia 10 de outubro. Segundo Max Xu, diretor de operações de derivativos da Bybit, essa queda fez com que US$ 19 bilhões em posições em aberto fossem eliminadas. Ele acredita que, apesar da lentidão da recuperação, as perspectivas a médio prazo ainda são positivas.

“Não espero que a recuperação seja rápida, mas se as condições econômicas melhorarem — como se as expectativas de corte de juros se concretizarem e o mercado se animar — o open interest pode voltar aos níveis que tínhamos antes do colapso, possivelmente até o começo de 2026”, disse Xu.

Atualmente, o open interest em contratos futuros, opções e contratos perpétuos de Bitcoin está em cerca de US$ 140 bilhões, bem abaixo dos US$ 220 bilhões que víamos antes do incidente de outubro. No dia da grande queda, os volumes de derivativos chegaram a US$ 748 bilhões, mas agora voltaram a patamares mais normais, próximos de US$ 300 bilhões, conforme dados da CoinGlass.

De acordo com a Deribit — a maior plataforma de derivativos de criptomoedas do mundo — existem agrupamentos de contratos de compra otimistas, como US$ 1,1 bilhão em opções com preço de exercício de US$ 140.000 e US$ 887 milhões para um preço de US$ 200.000, que expiram em 26 de dezembro. Porém, a cautela ainda é visível, com outro agrupamento de US$ 1,1 bilhão previsto para preços de US$ 85.000.

Essa queda no open interest pode tornar o vencimento mensal de dezembro mais tranquilo, o que é uma boa notícia. Xu aponta que isso pode significar que as posições estão mais leves e que haverá menos pressão no mercado, o que ajuda na estabilidade em comparação a períodos anteriores de alta alavancagem.

Entretanto, as atividades provavelmente se concentrarão em níveis de preços importantes. Qualquer nova volatilidade, ou movimentos relacionados a ETFs, ainda podem causar distorções de curto prazo. No geral, há uma expectativa de que o mercado de derivativos se torne mais saudável à medida que nos aproximamos de 2026.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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