Drex continuará a usar blockchain, afirma coordenador do projeto
O Banco Central do Brasil, através do coordenador do projeto Drex, Fabio Araújo, anunciou recentement que, apesar de estar explorando soluções que não utilizam a blockchain, a tecnologia ainda não foi completamente deixada de lado. Essa afirmação foi feita durante o evento Meridian 2025, onde Araújo detalhou que o Drex é um projeto mais extenso do que o simples piloto que está sendo desenvolvido.
Com relação ao piloto, Araújo explicou que a necessidade de um lançamento rápido fez com que o Banco Central optasse por não utilizar a blockchain neste primeiro momento. O motivo principal se deve a preocupações com a privacidade e escalabilidade. Ele ainda mencionou que o Drex está abrindo caminho para diversas inovações, como a tokenização e a colaboração com outros bancos centrais.
Piloto do Drex sem blockchain
O Banco Central fez uma importante revelação em agosto: a primeira versão do Drex deve ser lançada em 2026 e não dependerá da blockchain. O foco inicial estará na reconciliação de gravames, isto é, o controle mais eficiente de garantias em operações de crédito. Isso promete facilitar o acesso a financiamentos, especialmente para pessoas físicas e pequenos empreendedores.
Essa decisão gerou debates no setor financeiro. Enquanto muitos especialistas veem essa escolha como um passo positivo, pois pode acelerar o desenvolvimento do projeto, outros expressam preocupações. Daniel Coquieri, da Liqi, por exemplo, destacou que a centralização excessiva poderia acabar com a essência do Drex, transformando-o em um sistema meramente controlado pelo Banco Central.
Araújo, por sua vez, ressaltou que a visão a longo prazo do Banco Central é garantir estabilidade no sistema financeiro, oferecendo ferramentas que ajudem instituições a criar novos serviços para a população. O Drex está, portanto, alinhado com a proposta de inclusão financeira, uma continuidade dos avanços que já vimos com a implementação do Pix.
Com essas mudanças, o Drex promete ser uma inovação que, mesmo sem a blockchain em sua essência, continuará a trazer benefícios e facilitar o acesso a serviços financeiros no Brasil.