Grandes empresas estão cada vez mais apostando nas criptomoedas como forma de reserva de valor. Esta semana, diversos setores movimentaram centenas de milhões de dólares com a aquisição de ativos como Bitcoin, Ethereum, Solana e Toncoin, sinalizando uma tendência global de digitalização das finanças corporativas.
Um exemplo notável é a Metaplanet, uma empresa japonesa que segue firme em seu plano de acumular Bitcoin. Recentemente, eles adicionaram 463 BTC ao seu portfólio, o que representou um investimento de aproximadamente US$ 53,7 milhões. Com essa compra, a Metaplanet atinge a impressionante cifra de 17.595 BTC, equivalentes a cerca de US$ 1,78 bilhão, consolidando-se como a maior detentora de Bitcoin corporativa na Ásia. Um detalhe interessante é que essa aquisição faz parte do projeto chamado “555 Million Plan”, pensado para transformar esse ativo em um pilar das reservas de capital da empresa.
No cenário indiano, a empresa Jetking Infotrain fez história ao se tornar a primeira companhia de capital aberto do país a adotar o Bitcoin como um principal ativo de reserva. Desde dezembro de 2024, eles garantirão 21 BTC com recursos levantados em rodadas de investimento. O plano de longo prazo é ambicioso: acumular 210 BTC até o final de 2025 e impressionantes 18 mil até 2030. Essa decisão parece estar dando frutos, com as ações da empresa subindo 135% em apenas três meses.
Se olharmos para o lado do Ethereum, temos a GameSquare, que investiu US$ 10 milhões na compra de 2.717 ETH, aumentando sua posição total para 15.630 ETH. Por outro lado, a Ether Machine, através da sua subsidiária Ether Reserve LLC, comprou 10.605 ETH por US$ 3.781 cada, utilizando parte dos US$ 97 milhões captados em uma rodada de investimentos. Com isso, a empresa já acumula 345.362 ETH, que serão utilizados tanto para staking quanto para serviços de infraestrutura institucional.
Bitcoin e criptomoedas como ativos de reserva
A Artelo Biosciences, uma empresa do setor farmacêutico listada na Nasdaq, também anunciou que está adotando o token SOL como ativo de reserva. Eles levantaram cerca de US$ 10,9 milhões por meio de ofertas privadas e planejam integrar Solana ao seu portfólio. Assim, a Artelo se torna a primeira farmacêutica a seguir esse caminho. O CEO, Gregory D. Gorgas, menciona que essa estratégia não só traz inovação financeira, mas também ajuda na diversificação do portfólio, utilizando o potencial da blockchain de Solana para aumentar o valor da empresa a longo prazo.
Outra movimentação significante vem da Verb Technology, que planeja mudar seu nome para TON Strategy Co. (TSC). Recentemente, a empresa arrecadou US$ 558 milhões em uma colocação privada com a meta de adquirir Toncoin. Com essa estratégia, TSC está se posicionando para se tornar uma das maiores detentoras do token no mundo. Essa mudança é vista como uma oportunidade de aproveitar a íntima integração do Toncoin com o Telegram, englobando pagamentos, mini apps e NFTs.
Essa movimentação está sendo liderada por Manuel Stotz, CEO da Kingsway Capital e presidente da TON Foundation. O projeto conta com o apoio de mais de 110 investidores institucionais, incluindo nomes como Pantera, Blockchain.com e Kraken. A expectativa é que o TON gere receitas sustentáveis através de staking, mantendo o foco no crescimento contínuo da reserva digital.
