Estátua de Satoshi Nakamoto é destruída e jogada em lago
Funcionários da cidade de Lugano, na Suíça, recuperaram os fragmentos da célebre estátua de Satoshi Nakamoto que havia sido retirada do Lago Lugano. O incidente ocorreu no fim de semana e o monumento, que é um símbolo do Bitcoin, foi encontrado em pedaços tanto na água quanto nas margens do lago.
A obra, que cria uma ilusão de ótica e se transforma em código digital quando vista de determinados ângulos, parecia intacta. Entretanto, foi vandalizada e removida de sua base no Parco Ciani, um parque bem frequentado da região, por vândalos que a jogaram na água.
Criada pela artista italiana e entusiasta do Bitcoin, Valentina Picozzi, a estátua representa a essência descentralizada do Bitcoin e o mistério que envolve seu criador. Picozzi é reconhecida por seu trabalho com a Satoshigallery, um projeto artístico com o objetivo de unir arte e a cultura do Bitcoin.
O roubo da estátua foi notado por internautas no sábado, que viram que a base da figura estava vazia. Posteriormente, a Satoshigallery ofereceu uma recompensa de 0,1 BTC, que é mais de R$ 55 mil, para quem fornecesse informações que ajudassem na recuperação da obra. A galeria se manifestou de forma contundente, afirmando: “Vocês podem roubar nosso símbolo, mas nunca conseguirão roubar nossas almas”, reafirmando seu compromisso de expandir a arte do Bitcoin, planejando estátuas em 21 locais ao redor do mundo.
Acredita-se que foliões alegres, possivelmente celebrando o Dia Nacional da Suíça, possam ter sido responsáveis pelo vandalismo. Para quem ficou indignado com a situação, uma petição na Change.org pede que as autoridades recuperem e restaurem a estátua, com os organizadores dispostos a arcar com os custos.
Uma Nova Homenagem ao Bitcoin
A estátua, feita de aço inoxidável 304 e blocos de corten, foi apresentada ao público em outubro de 2024, durante o Plan B Forum, uma importante conferência sobre blockchain organizada em parceria com a emissora de stablecoin Tether. A artista Valentina Picozzi revelou que a criação levou cerca de 21 meses para ser finalizada.
Essa instalação em Lugano faz parte de um movimento global crescente que busca homenagear o Bitcoin e seu enigmático fundador. Por exemplo, há um busto espelhado no Graphisoft Park, em Budapeste, que permite que os espectadores se vejam refletidos como Satoshi. Outro exemplo é um enorme rato inflável de Bitcoin, que foi exibido do lado de fora do Federal Reserve, em Nova York, em 2018. Além disso, no mesmo ano, o primeiro monumento do Bitcoin foi erguido na Eslovênia, mostrando o impacto cultural da moeda digital.
Recentemente, a Satoshigallery inaugurou sua terceira estátua em Tóquio, reforçando a influência do Bitcoin em várias partes do mundo.
O caráter anônimo do criador do Bitcoin, que detém um patrimônio estimado em 1,096 milhão BTC — mais de R$ 680 bilhões —, continua a fascinar a todos, mesmo que essas moedas ainda permaneçam em suas carteiras originais, aumentando ainda mais o mistério que envolve essa figura emblemática.