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EUA acusam líderes da OmegaPro de fraude cripto de R$ 3,5 bi

O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) anunciou, no dia 8, que Michael Shannon Sims e Juan Carlos Reynoso foram acusados de liderar a OmegaPro, um dos maiores esquemas de fraude envolvendo criptomoedas. Esse golpe teria desviado mais de US$ 650 milhões (cerca de R$ 3,5 bilhões) de milhares de pessoas. A OmegaPro se apresentava como uma plataforma de investimentos, que contou até com a promoção de conhecidos jogadores de futebol, como Vini Jr. e Ronaldinho Gaúcho.

Matthew R. Galeotti, chefe da Divisão Criminal do DoJ, ressaltou que os acusados se aproveitaram de pessoas vulneráveis nos Estados Unidos e em outros países, prometendo retornos altos e segurança para o dinheiro investido. “Estamos comprometidos em processar esses criminosos e garantir justiça para as vítimas”, afirmou Galeotti.

A OmegaPro foi criada em 2019 como um esquema de marketing multinível. A empresa prometia lucros elevados utilizando “traders de elite”, enquanto na verdade desviava os recursos para carteiras controladas pelos próprios líderes do esquema. O golpe começou a desmoronar em novembro de 2022, quando os saques foram bloqueados. A solução apresentada, uma migração para uma nova plataforma chamada Broker Group, nunca se concretizou, e os investidores ficaram sem o retorno do seu dinheiro.

OmegaPro e os jogadores de futebol

Ano passado, o jornal espanhol El Diario informou que vários jogadores de futebol, incluindo brasileiros, poderiam estar envolvidos na promoção desse golpe e que poderiam enfrentar processos judiciais. Entre os nomes mencionados estavam Vini Jr., Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Kaká, e outros grandes astros do esporte.

A OmegaPro já havia sido alvo de alertas de fraudes em diversos países como França, Bélgica, Espanha e Peru antes de seu colapso em 2023. Enquanto isso, Sims e Reynoso, que estavam à frente do esquema, podem enfrentar até 20 anos de prisão por cada uma das acusações.

Essa acusação do DoJ faz parte de um esforço maior para combater crimes econômicos na área de criptomoedas. Recentemente, a condenação de Aleksei Andriunin, fundador da empresa de market making de criptomoedas Gotbit, gerou repercussão. Ele foi punido por inflar artificialmente os volumes de negociação por meio de práticas fraudulentas conhecidas como wash trading. A juíza Angel Kelley determinou que a Gotbit devolvesse US$ 23 milhões em criptomoedas, enquanto Andriunin recebeu uma pena de oito meses de prisão, seguida de um ano em liberdade supervisionada.

Esses acontecimentos evidenciam a necessidade de cautela ao investir em oportunidades que prometem ganhos rápidos e altos. Estar informado e atento às fraudes no universo das criptomoedas é fundamental para proteger seu dinheiro.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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