A Gemini fez sua estreia na Nasdaq na última sexta-feira, dia 12, e a análise é positiva: a corretora de criptomoedas foi avaliada em cerca de US$ 4,4 bilhões logo no início dos negócios. As ações subiram rapidamente, começando com um preço de abertura de US$ 37,01 — um aumento de 32% em relação ao valor revisado da oferta pública inicial (IPO), que era de US$ 28. Inicialmente, a avaliação da empresa era de US$ 3,32 bilhões, com uma faixa-alvo estabelecida entre US$ 24 e US$ 26 por ação.
Com o ticker “GEMI”, a Gemini nasceu em 2014 e, na sua abertura, arrecadou US$ 425 milhões. O movimento atraiu uma demanda bastante expressiva, de acordo com dados do Decrypt provenientes de documentos regulatórios. Entre os investidores, estavam grandes nomes do mercado financeiro, como Goldman Sachs e Cantor Fitzgerald, empresa liderada anteriormente por Howard Lutnick, ex-secretário de Comércio dos EUA.
Inicialmente, a corretora tinha como meta um preço entre US$ 17 e US$ 19 por ação para um total de 16,6 milhões de papéis. Além disso, a empresa reservou 10% das ações para um “programa direcionado”, garantindo que parte fosse oferecida de forma exclusiva a investidores selecionados.
Fé no Bitcoin
Em um vídeo postado na rede social X, Cameron Winklevoss, cofundador e presidente da Gemini, compartilhou como ele e seu irmão, Tyler Winklevoss, ficaram “completamente maravilhados” ao conhecer o Bitcoin em 2012. Esse encantamento foi a faísca para que criassem a Gemini, com a missão de torná-las mais acessíveis ao público.
Recentemente, os Winklevoss também estiveram envolvidos em polêmicas. Um dos indicados de Donald Trump para a SEC, Brian Quintenz, os acusou de tentar sabotar sua nomeação, promovendo discussões abertas na plataforma.
Na mesma semana em que a Gemini estreou, a empresa Figure Technologies viu suas ações também dispararem, encerrando o dia 24% acima do preço inicial. Esse desempenho animou os analistas, que apostam em uma tendência crescente na tokenização, especialmente em uma das semanas mais ativas de IPOs nos EUA desde 2021. Na sexta, as ações da Figure estavam em US$ 33,78, um aumento de 8,6%.
No presente ano, a Gemini se junta a outras nove empresas de criptomoedas que decidiram abrir capital nos Estados Unidos. Segundo Carlos Guzman, analista da GSR, essa onda é fruto do sucesso de IPOs, como o da Circle, uma emissora de stablecoins, que teve um desempenho admirável em junho. As ações da Circle chegaram a multiplicar seu valor quase dez vezes nas semanas seguintes, levantando questionamentos sobre o apetite dos investidores tanto por stablecoins quanto por cripto de forma geral.
Guzman comenta sobre o panorama atual: “Quando a Circle abriu capital e foi bem, o pessoal logo disse: ‘As stablecoins estão muito em alta agora’”. Agora, observa-se a estreia bem-sucedida de empresas como Bullish e Figure, além da Gemini, o que evidencia uma tendência mais ampla, despertando um grande entusiasmo nos mercados.
