Golpes mais comuns com criptomoedas
Com a popularização do Bitcoin e das criptomoedas, uma série de golpes tem surgido, colocando em risco as economias de muitos usuários que ainda não estão cientes dos perigos. Um pequeno deslize pode resultar em grandes perdas, por isso é essencial conhecer as táticas que os golpistas usam para se proteger dos golpes.
Entre os golpes mais comuns estão os aplicativos falsos de carteira de Bitcoin. Eles não são apenas cópias mal feitas, mas sim muito bem elaborados, encontrados até mesmo nas lojas de aplicativos oficiais. Normalmente, esses aplicativos têm milhares de avaliações fictícias que tentam passar credibilidade. O usuário baixa o app, que parece funcionar como uma carteira de Bitcoin, mas ao tentar retirar os fundos, descobre que essa opção está desabilitada ou, em alguns casos, não existe. Para piorar, alguns desses apps geram uma frase semente para o usuário, mas guardam uma cópia para roubar os fundos depois. Já foram relatados casos de aplicativos falsos como Electrum, Trezor e Ledger, que chegaram até as lojas oficiais.
Para se proteger, evite baixar aplicativos promovidos com destaque, sempre verifique o nome do desenvolvedor e use carteiras de código aberto. Opte por carteiras de confiança, como Sparrow ou Phoenix, que têm um histórico positivo no mercado. Usar dispositivos de hardware como o Coldcard também oferece uma camada adicional de segurança, permitindo que você verifique tudo que é exibido no seu aplicativo.
Outro golpe que tem se mostrado comum envolve esquemas Ponzi. Muitas vezes, os golpistas prometem ganhos exorbitantes, como dizer que você pode ganhar 5% ao dia ou até dobrar seu Bitcoin em uma semana. Esses esquemas costumam fazer com que os primeiros investidores recebam algumas recompensas, retiradas do dinheiro de novos participantes, mas acabam colapsando e deixando muitos “segurando a sacola”. Exemplos notórios incluem o Bitconnect, que prometia lucros enormes através de bots de negociação, e a Celsius, que ofereceu juros tentadores antes de fechar as portas para saques.
Os ataques de phishing são outro grande risco. Os golpistas se passam por empresas ou pessoas conhecidas para cavar informações sensíveis como senhas ou chaves privadas. Eles podem enviar e-mails falsos informando sobre problemas de segurança ou oferecer brindes irresistíveis, direcionando você para sites que imitam os verdadeiros. Um caso famoso foi a violação de dados da Ledger, onde mensagens fraudulentas levaram vítimas a sites falsos.
Além disso, existe o risco das fraudes que tentam vender criptomoedas “melhores” que o Bitcoin. Os golpistas atraem investidores já familiarizados com Bitcoin com promessas de algo mais avançado, como uma nova altcoin com transações mais rápidas e taxas menores. Quando o marketing depende de influenciadores ou celebridades, é melhor desconfiar.
Os golpes de ransomware são ainda mais diretos, usando o medo para forçar o pagamento em Bitcoin. Programas maliciosos podem bloquear arquivos e exigir um resgate em Bitcoin para desbloqueá-los. As táticas de extorsão também se tornaram comuns, onde os golpistas ameaçam liberar informações pessoais, a menos que um pagamento seja feito. Um caso notório foi o ransomware WannaCry, que afetou hospitais mundialmente, exigindo Bitcoin para restaurar os sistemas.
Para se proteger dessas armadilhas, é fundamental manter backups offline dos seus dados e atualizar constantemente seus dispositivos. Use senhas fortes e nunca insira suas frases semente em sites que não sejam legítimos. Se receber um e-mail de extorsão, não se desespere; muitas vezes, esses ataques são bluff.
No final das contas, o Bitcoin em si não é o problema; é o uso inadequado e a falta de preparo digital. Estar bem informado e cauteloso pode fazer toda a diferença na hora de navegar nesse mundo fascinante, mas perigoso, das criptomoedas.