Dois meses após sumir, o hacker que roubou US$ 300 milhões da Coinbase voltou à ação, movimentando parte de seus fundos. Dados da blockchain mostram que ele trocou uma parte de seus ativos por 4.863 ETH, o que equivale a cerca de US$ 12,55 milhões. Essa movimentação reacendeu as especulações sobre suas estratégias e a tentativa de apostar na valorização do Ethereum.
Movimentação ocorre após liquidação milionária de ETH em maio
De acordo com a plataforma Lookonchain, a compra mais recente ocorreu a um preço médio de US$ 2.581 por unidade. É importante destacar que essa transação se deu em um momento em que o valor do Ethereum mostrava uma leve alta, subindo 4,5% na semana e 2,6% no mês. Naquela época, o Ethereum estava cotado a US$ 2.562, com uma alta diária de 1,9%.
Esse movimento é um contraste com a liquidação massiva que ocorreu em maio, quando o hacker vendeu 26.762 ETH por US$ 69,25 milhões, vendendo a um preço médio de US$ 2.588. Em abril, ele já havia convertido 26.347 ETH em US$ 68,18 milhões usando a plataforma THORChain. Agora, a recompra sugere que ele está reconvertendo seus ativos em ETH, possivelmente para se preparar para uma nova valorização da criptomoeda.
Relembre o caso: falha interna na Coinbase levou ao vazamento de dados sensíveis
Voltemos a maio de 2025, quando a Coinbase sofreu uma grave violação de segurança que comprometeu os dados de 97 mil usuários. Entre os afetados, estavam nomes de peso, como Roelof Botha, sócio-gerente da Sequoia Capital. O ataque, segundo a própria Coinbase, foi facilitado pela corrupção de um funcionário do suporte ao cliente, que atuava fora dos EUA. Essa situação não só resultou em acesso indevido a informações confidenciais, mas também em um desvio massivo de criptomoedas.
Desde então, o endereço vinculado ao roubo tem sido monitorado por plataformas de análise de blockchain.
Compra de ETH reforça aposta do invasor na valorização do ativo
Não é à toa que essa movimentação gerou debates dentro da comunidade cripto. Muitos notaram a ousadia e o conhecimento do hacker. Diferente do que se espera de muitos cibercriminosos, ele parece entender de mercado, navegando entre ciclos de alta e baixa para ajustar sua posição em ativos voláteis, como o Ethereum.
Um analista comentou de forma bem-humorada no X: “Esse cara não é um hacker comum. Ele sabe hackear, mas também sabe operar no mundo cripto.” Outros usuários observam que a maneira como ele gerencia seus riscos supera, em alguns aspectos, a de traders profissionais. Depois de roubar US$ 300 milhões, agora ele aposta na valorização do Ethereum.
Comunidade permanece alerta a novos movimentos
Ainda é incerto quais serão os próximos passos do hacker, mas a recente recompra de ETH mostra que ele continua ativo e atento às oscilações do mercado. Especialistas em segurança enfatizam que esse tipo de ação destaca a necessidade de vigilância constante, especialmente quando recursos roubados estão circulando em blockchains públicas.
Cabem algumas reflexões sobre o impacto desse caso, que repercute não apenas pela magnitude do roubo, mas também pela agilidade e estratégia demonstradas em suas movimentações.
