Um ataque hacker surpreendeu a Sinqia, uma empresa brasileira conhecida por conectar bancos ao sistema Pix do Banco Central. A invasão aconteceu na sexta-feira (29) e se assemelha ao ataque de junho contra a C&M Software, que se tornou o maior do tipo já registrado no Brasil. Os números desse novo episódio são alarmantes, superando a marca de R$ 400 milhões.
Conforme informações divulgadas, aproximadamente R$ 420 milhões foram desviados. Desses, R$ 380 milhões pertencem ao banco HSBC e R$ 40 milhões à instituição Artta. No entanto, o NeoFeed, que foi o primeiro a dar a notícia, trouxe dados ainda mais preocupantes: alguns relatos sugerem que o total pode se aproximar de R$ 1 bilhão, envolvendo pelo menos 20 instituições.
O segredo por trás desses números parece estar na fragmentação dos valores. Para entender melhor a dimensão do ataque, será necessário um aprofundamento nas investigações. Vale ressaltar que a Sinqia é uma das três maiores empresas de “banking as a service” no Brasil, conectada a diversas instituições financeiras. Isso indica que o hacker tinha potencial para causar danos ainda maiores, já que não estava restrito apenas ao HSBC e à Artta.
O Banco Central agiu rapidamente e conseguiu bloquear cerca de R$ 350 milhões da quantia que poderia ser desviada. A Polícia Federal também foi chamada para investigar a situação.
A Artta, em nota, confirmou o ataque, esclarecendo que ele afetou apenas contas que a empresa possui no Banco Central, sem impactar seus clientes. “Não houve ataque ao ambiente da Artta nem às contas de nossos clientes”, destacou a instituição.
A Sinqia reconheceu a invasão, mas não divulgou valores específicos. Segundo a empresa, o ataque ocorreu no ambiente do Pix, atingindo um número limitado de instituições financeiras. Para investigar a origem do incidente, a empresa contratou especialistas forenses. O HSBC também se manifestou, afirmando que as contas de clientes não foram afetadas, apenas o sistema do provedor.
Esses casos de ataques cibernéticos destacam a importância da segurança digital, especialmente em um mundo cada vez mais conectado. A proteção dos dados deve ser uma prioridade tanto para as empresas quanto para os usuários.
