Homem é acusado de roubo de US$ 16 milhões em criptomoedas
Promotores do Brooklyn anunciaram, na sexta-feira, que Ronald Spektor, um jovem de 23 anos, foi acusado de roubar impressionantes US$ 16 milhões em criptomoedas de cerca de 100 usuários da Coinbase. O que pode parecer uma trama de filme de ação é, na verdade, um exemplo real de fraude digital bem elaborada.
Spektor usava o nome de usuário “lolimfeelingevil” e supostamente criou um esquema de phishing. Ele se passava por um representante da Coinbase para convencer os usuários a transferirem suas criptomoedas para contas que ele controlava. A estratégia dele era alegar que os ativos digitais das vítimas corriam risco de serem roubados por hackers. Um truque e tanto, não é?
Os promotores revelaram que ele tentava esconder o dinheiro roubado, utilizando serviços de mistura de criptomoedas, exchanges e até sites de apostas. A situação é um alerta para todos que lidam com ativos digitais. Cada vez mais, táticas assim mostram como é fundamental ficar atento às fraudes.
As acusações e investigações
Spektor enfrentou um total de 31 acusações, que incluem furto qualificado e lavagem de dinheiro. A investigação, que durou um ano, levou à apreensão de cerca de US$ 105 mil em dinheiro e cerca de US$ 400 mil em criptomoedas. As autoridades continuam tentando recuperar outros ativos que foram desviados.
Além do valor das criptomoedas, a história dele ganhou notoriedade porque Spektor se gabava de seus crimes em um grupo da plataforma Telegram denominado “Inimigos da Blockchain”. Em mensagens recuperadas, ele chegou a mencionar que perdeu US$ 6 milhões em apostas, o que mostra um padrão de comportamento arriscado e imprudente.
A Coinbase, por sua vez, comentou que trabalhou em colaboração com o Ministério Público para ajudar a identificar Spektor e suas vítimas. Eles forneceram dados da blockchain e auxiliaram nos esforços para rastrear os fundos furtados, evidenciando como a colaboração entre empresas e autoridades é crucial para combater esse tipo de crime.
Uma das vítimas desse golpe tomou a iniciativa e contatou o detetive particular ZachXBT, conhecido por suas investigações em fraudes no universo das criptomoedas. Essa pessoa relatou ter sido lesada em US$ 6 milhões. Vale lembrar que a Coinbase já havia lidado com um grande incidente de violação de dados no ano passado, afetando quase 70 mil usuários e trazendo prejuízos estimados em US$ 400 milhões.
Situação atual de Spektor
Atualmente, Spektor mora com o pai em Sheepshead Bay, no Brooklyn. A fiança dele foi fixada em US$ 500 mil, mas o juiz decidiu que o pai não poderia pagar, dada a dificuldade em verificar a origem dos fundos. O caso de Spektor não é apenas uma história de crime; é um lembrete de que todos devemos estar atentos às vulnerabilidades no mundo das criptomoedas.
O que aconteceu com ele e suas vítimas demonstra como o universo das criptomoedas oferece tanto oportunidades quanto riscos. É essencial estar sempre informado e alerta para proteger seus ativos digitais e evitar cair em armadilhas desse tipo.





