Inovação no Ethereum Brasil conecta clubes a torcedores através do Chiliz
O primeiro dia do Ethereum Brasil 2025, realizado no Estádio do Morumbi, foi um verdadeiro encontro de mentes criativas. Especialistas se reuniram para debater como a tecnologia blockchain pode transformar o mercado e trazer inovações. Foi um momento rico em ideias e troca de experiências.
Um dos destaques do evento foi a participação do Grupo Chiliz, conhecido mundialmente por suas soluções digitais focadas no setor esportivo. A head de Comunicação e Relações Corporativas da empresa, Marina Fagali, subiu ao palco em dois painéis para compartilhar sua visão sobre a tokenização. Ela enfatizou como essa prática pode revolucionar o relacionamento entre clubes e torcedores, criando oportunidades de engajamento mais significativas.
No painel “Fan Tokens: Além da Especulação – Como Gerar Valor Real para os Usuários”, moderado por José Guilherme Oliver, que lidera inovação e novos negócios no SPFC, Marina destacou a importância de colocar os fãs no centro das estratégias digitais. Ela lembrou que, durante a pandemia, os clubes perceberam que seus maiores ativos são os torcedores. “Se o fã é o maior ativo, nada mais justo que entregar mais valor a ele. Essa relação deve ser uma troca dinâmica, onde todos ganham. Se a comunidade prospera, todos saem ganhando”, comentou Marina.
A executiva também trouxe à tona o potencial da tokenização para monetizar conteúdos que os clubes já possuem. “Hoje, o esporte concorre por atenção e os clubes têm um arsenal de materiais que interessam aos fãs. Com a tokenização, é possível monetizar isso de forma contínua”, explicou.
No painel “Os Benefícios da Descentralização na Monetização de Ativos do Esporte”, moderado por Erich Betting, CEO da Máquina do Esporte, Marina defendeu uma nova abordagem para o setor. Participando ao lado de nomes como Walter Neto, da Palpitada, e Rony Szuster, do Mercado Bitcoin, ela pontuou que é fundamental descentralizar as decisões nos clubes. “Precisamos de mais pessoas participando da economia do esporte, fazendo-a circular. A tokenização pode juntar quem busca objetivos em comum”, afirmou.
Marina também acredita que a tokenização pode trazer sustentabilidade para o mercado esportivo, que, segundo ela, atualmente depende de apenas algumas fontes de receita. “Quando esses ciclos se encerram, é hora de pensar fora da caixa. A tokenização possibilita criar novas formas de monetização para os ativos que os clubes já possuem”, adicionou.
Um exemplo que ela citou foi o hackathon realizado no Parque dos Príncipes, estádio do Paris Saint-Germain, onde 240 desenvolvedores se reuniram em julho de 2025. Essa iniciativa serviu como um ótimo exemplo da fusão entre esporte e tecnologia.
Por fim, Marina destacou que o hackathon promovido pelo Grupo Chiliz no Ethereum Brasil também tem o objetivo de atrair talentos de outros setores para o mundo esportivo. A competição oferecerá uma premiação de até R$16 mil, com os vencedores sendo revelados no último dia do evento, em 11 de outubro.